terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Profetas da chuva afirmam que Ceará terá boa quadra chuvosa


Profetiza usa pedrinhas de sal para prever quadra chuvosa
Uma tradição que atravessa gerações. Conhecimentos passados de pai pra filho. Assim são as observações dos profetas da chuva que, através de elementos da natureza, conseguem prever a quadra chuvosa de cada ano. Eles costumam se reunir em Quixadá, no interior do Ceará.
Uma colmeia de abelha com pouco mel, mas muito fio, já é um sinal de boa quadra chuvosa nesse ano, segundo o profeta da chuva Erasmo Barreira. “Eu já estou empolgado que nosso inverno vai ser grande. A partir do dia 15 de fevereiro não vai faltar água no sertão”.
Já outro profeta observa as árvores do sertão para prever a possibilidade de precipitação. “Quando é o período chuvoso, a catingueira descasca, afina a casca para receber água e consumir durante o período da seca”, explica Renato Lino de Sousa.
Em Quixadá, também tem profetizas. A Dona Lurdinha aprendeu com o pai a acreditar nas pedrinhas de sal no Dia de Santa Luzia. No dia 13 de dezembro, ela colocou as pedras sobre os nomes de janeiro a junho. No dia seguinte, o sal estava derretido sobre alguns meses. É quando, segundo ela, as chuvas vão chegar com mais força.
Dedé Rufino afirma que observou o céu entre os dias 8 e 13 do último mês de setembro. Cada dia representou um mês, de janeiro a junho. Para ele, as nuvens carregadas foram um sinal de que as precipitações serão boas a partir de março, mas não tão fortes e intensas quanto o desejado.
O profeta Paulo Costa, que ano passado acertou até a quantidade de milímetros que choveu, é mais ousado. Garante que os ventos mostram que não só esse, mas também os próximos anos não serão de seca. Um alento para quem vive no sertão cearense e sofre com a escassez de água há seis anos.

A previsão da Funceme para a quadra chuvosa deve ser divulgada na próxima segunda-feira (22). Já de acordo com o Clima-tempo, a previsão para os meses de fevereiro a abril é de chuvas dentro da média no Ceará, boas para a agricultura, mas insuficientes para encher os reservatórios.

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