Bandidos atacam
carro, matam motorista e filmam tudo no Ceará
A população de Fortaleza sofre
com o medo de mais ataques e do acirramento na guerra entre facções criminosas,
desde que 14 pessoas foram assassinadas no clube Forró do Gago, no último
sábado.
Um dos reflexos dessa violência é
o fechamento da Escola Municipal Dois de Dezembro, na Barra do Ceará, que segue
com as aulas interrompidas há dois dias. Mensagens de ameaças a professores
foram colocadas nas salas de aula. Não há previsão de retorno das aulas.
Já na tarde desta quarta-feira
(31), um homem foi executado a tiros na CE-040, próximo ao 4º Anel Viário, na
Região Metropolitana de Fortaleza. Conforme uma fonte da Secretaria de
Segurança Pública e Defesa Social, o grupo tinha o objetivo de executar a
vítima devido a uma dívida.
Seis suspeitos da chacina seguem
presos e um morreu em confronto com a polícia. As armas encontradas com os
suspeitos foram levadas para perícia. "Os indivíduos se autodenominaram
integrantes de uma facção em que existe a suspeita de participação na
chacina".
Massacre em presídio - Também foi
um confronto entre integrantes dos grupos criminosos que causou a morte de 10
pessoas na Cadeia Pública de Itapajé, no Norte do Ceará, na manhã de
segunda-feira (22).
De acordo com a Secretaria da
Justiça e Cidadania (Sejus), seis internos já foram indiciados por homicídio
qualificado: Alex Pinto Oliveira Rodrigues, Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues,
Artur Vaz Ferreira, Francisco das Chagas de Sousa, Francisco Idson Lima de
Sales, e William Alves do Nascimento.
Cadeias
enfrentam lotação
Déficit de Vagas - Com cinco
celas e capacidade para abrigar 25 internos, a Cadeia de Itapajé estava com
mais que o triplo da capacidade: 83 presos. Situação semelhante à maioria das
unidades prisionais do Estado. Relatório da Secretaria da Justiça aponta que o
Ceará tem 13.282 vagas no sistema, mas a quantidade de detentos é de 28.018. Ou
seja, são, pelo menos 14.756 além da capacidade.
E é dos presídios que parte a
maioria das ordens para ações criminosas das quadrilhas organizadas. Em
janeiro, foram duas ações: a invasão e furto de armas de um fórum de uma cidade
do interior o estado e o furto de munição de uma unidade do Exército localizada
na Região Metropolitana de Fortaleza.
Combate ao Crime Organizado - Os
policiais federais que farão parte do grupo especializado de combate ao crime
organizado no âmbito da Polícia Federal (PF), começam a chegar ao Ceará na
próxima semana.
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