Um único tiro causou a morte de
Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, criminoso que liderava as ações
de rua e o tráfico de drogas para o Primeiro Comando da Capital (PCC). O chefe
da quadrilha fora dos presídios, foragido desde o ano passado da penitenciária
de Presidente Venceslau, foi executado no Ceará no último dia 15. Os corpos de
Gegê e o do comparsa Fabiano Alves de Sousa, o Paca, foram encontrados em uma
área indígena em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. Paca recebeu
quatro tiros.
De acordo com o exame cadavérico
da Coordenadoria de Medicina Legal da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), Gegê
do Mangue recebeu um disparo na face. O projétil entrou na altura da narina
direita, perfurou o crânio e saiu na região da têmpora esquerda. A morte do
criminoso, que esbanjou dinheiro no litoral cearense entre dezembro do ano
passado e janeiro deste ano, foi determinada por uma hemorragia intracraniana
com a perfuração do encéfalo. Segundo o laudo da Pefoce, o assassino de Gegê do
Mangue utilizou um objeto “pérfuro-contudente”, uma bala disparada de uma arma
de fogo. O perito não informa qual a natureza do projétil, se de revólver ou
pistola. Nem diz se foi recolhido pela perícia no local do crime e encaminhado
para pesquisa científica. De acordo com os laudos da Pefoce, a versão de que
Gegê do Mangue e Paca teriam levado uma facada em um olho ou nos olhos, alusão
a um código do mundo do crime, não é verdadeira. Uma imagem que circula pela
internet, com um objeto enfiado no rosto de Paca, é o instrumento usado pelo
perito para traçar a trajetória do projétil.
Segundo conclusões dos exames
cadavéricos, os dois integrantes do PCC não teriam sido torturados antes de
levarem os tiros. Paca foi atingido por quatro disparos. Um na têmpora direita,
outro na região maxilar direita, um no cotovelo direito e outros na região do
abdômen, também no lado direito.
Diferente de Gegê, Paca morreu em
decorrência de uma hemorragia intra-abdominal produzida pela trajetória e
lesões causadas pelo projétil que perfurou o fígado e intestino. Paca
apresentava ainda queimaduras no tórax, onde existia uma grande tatuagem de
Nossa Senhora Aparecida. Possivelmente uma tentativa dos executores de
incendiar o corpo. Não havia vestígios semelhantes no outro cadáver.
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