A Secretaria da Segurança
anunciou detalhes do envolvimento de cinco pessoas presas por participação na
Chacina de Cajazeiras. O homem suspeito de ser um dos mandantes, preso na
segunda-feira (19) em condomínio de luxo do bairro Cocó, em Fortaleza, também é
citado em investigação da Polícia Federal sobre a venda de decisões judiciais
no Ceará.
O acusado já teria saído da
prisão anteriormente por força de um alvará de soltura supostamente comprado
por R$ 150 mil. Ele estava solto com monitoramento eletrônico.
Deijair de Souza Silva, apontado
como mandante da Chacina de cajazeiras, teria saído de um dos presídios da
Grande Fortaleza beneficiado por um esquema de corrupção investigado pela
Polícia Federal.
Alvará de soltura - Em 7 de julho
de 2013, a Justiça do Ceará expediu um alvará de soltura para que Deijair
deixasse a CPPL 1, em Itaitinga. A decisão foi assinada pelo desembargador
Carlos Feitosa. O magistrado é um dos investigados na Operação Expressão 150,
da Polícia Federal, que apura uma suposta rede de venda de decisões judiciais.
Deijair havia sido preso pela
própria Polícia Federal em março de 2013, acusado de tráfico de drogas. No
flagrante, nas proximidades do Aeroporto de Fortaleza, com cerca de 100 quilos
de cocaína.
R$ 150 mil - Já em julho, o
monitoramento telefônico da PF indicou que Deijair e outros dois presos, Paulo
Diego da Silva Araújo e Tiago Costa de Araújo, teriam comprado a própria
liberdade por R$ 150 mil, cada um.
Prisão e apreensão - Na última
segunda-feira (19), foram apreendidos com Deijair, em um apartamento do bairro
Cocó, dois carros de luxo, um deles blindado, comprovante de uma conta com R$
130 mil em nome da tia e uma arma incomum no Ceará, que pode ter sido utilizada
na Chacina das Cajazeiras.
Outro suspeito de ser o mandante
da chacina é Noé de Paula Moreira, que já estava preso. Ele é tido como
conselheiro da facção criminosa responsável pelo crime.
Ana Karine Silva Aquino,
conhecida como “Nega do Pezão”, seria uma fornecedora de munições de diversos
calibres e teria entregado o material para a execução da chacina. Aiala
Cavalcante nega participação no tiroteio, mas admite ter incendiado o veículo
usado na ação para ocultar provas. Já Renan Gabriel da Silva, o Biel, que foi
ferido em uma troca de tiros com a polícia, admitiu ter participado do crime
diretamente.
Até agora, 10 pessoas foram
presas por participação direta ou indireta na Chacina das Cajazeiras.
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