No último dia 9, sete pessoas foram
assassinadas no episódio que ficou conhecido como Chacina do Benfica.
Criminosos armados executaram pessoas na Praça da Gentilândia e em ruas próximas
Mais de mil pessoas foram
assassinadas no Estado do Ceará em 2018. O número exato, até o último dia 15, é
de 1.089 pessoas vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), que
englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. No ano
passado, o total de vítimas foi de 5.133. Em 2016, houve 3.407 CVLIs. A
crescente violência vista por meio dos números oficiais da Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) modifica a rotina das milhares de
famílias das vítimas e de órgãos que prestam auxílio para os parentes.
Passada
a morte, restam aos parentes e amigos buscar acolhimento e Justiça. Os
reiterados registros de crimes bárbaros fizeram com que, o programa Rede
Acolhe, da Defensoria Pública do Ceará, tivesse de reordenar suas atividades a
fim de atender a alta demanda das vítimas da violência no Estado.
Criada
ano passado com o objetivo de promover a assistência jurídica e psicossocial
aos familiares das vítimas de CVLIs ou de tentativa de homicídio, a Rede já
auxiliou, pelo menos, 60 famílias.
A frequência de crimes bárbaros
interfere diretamente no trabalho dos defensores públicos. Devido a grande
procura de famílias de vítimas, o órgão ainda não conseguiu chegar aos parentes
das sete pessoas executadas na Chacina do Benfica.
Peculiaridades - A coordenadora da Rede
Acolhe ressalta que o perfil dos mortos nos últimos crimes de grande
repercussão no Estado foge do perfil estereotipado. Nos últimos episódios de
matança, muitos dos assassinados sequer tinham passagens pela Polícia, como
visto nas chacinas das Cajazeiras e Benfica.
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