O ministro extraordinário da
Segurança Pública, Raul Jungmann, confirmou que as munições utilizadas no
assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), na última quarta-feira
(14), foram roubadas de um carregamento da Polícia Federal. Segundo o ministro,
informações que chegaram a ele dão conta de que a munição foi subtraída da sede
dos Correios na Paraíba “anos atrás”.
De acordo com Jungmann, o
carregamento das balas foi dividido em três partes: uma parte ficou em
Brasília, a segunda foi roubada dos Correios no estado nordestino e outra,
segundo informações preliminares, teria sido desviada por um escrivão da
Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
O ministro disse que a corporação
destacou “o melhor especialista em impressões digitais e DNA” para avaliar o
material das cápsulas encontradas no local onde Marielle e o motorista do carro
em que ela estava foram mortos.
Sem adiantar detalhes das investigações,
ele informou que, além da colaboração da PF na identificação de quem manuseou
as munições, o restante do inquérito sobre o crime está sendo conduzido pela Polícia
Civil do Rio de Janeiro.
CRIME - Na última quarta-feira, a
vereadora Marielle Franco foi executada com quatro tiros na cabeça, quando ia
para casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, retornando de um evento
ligado ao movimento negro, na Lapa. A parlamentar viajava no banco de trás do
carro, quando criminosos emparelharam um veículo com o carro da vítima e
dispararam nove vezes. O motorista do veículo, Anderson Gomes, também morreu.
Uma assessora que estava no carro sobreviveu ao ataque.
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