Mulheres foram
torturadas e decapitadas em área de mangue na Grande Fortaleza
As três mulheres torturadas e
decapitadas em uma área de mangue na Região Metropolitana de Fortaleza foram
assassinadas por uma facção criminosa rival de uma das vítimas. Uma das mulheres,
Nara Aline, era "o alvo" da gangue; outras duas foram assassinadas
por estarem na companhia de Nara quando ela foi achada pelo bando, segundo
divulgou a Polícia Civil.
Conforme a Polícia Civil, Jeilson
Lopes Pires, mandante do crime e integrante do bando Gafanhoto GDE, ordenou a
morte de Nara Aline Mota (23), moradora do Bairro Vila Velha e integrante do
Comando Vermelho, por vender drogas na Comunidade Gafanhoto, área onde ele
domina a venda de entorpecentes. Jeilson Lopes foi preso na quarta-feira (14).
Nara Aline estava acompanhada de
Darcyelle Ancelmo de Alencar (31 anos) e Ingrid Teixeira Ferreira (22). Elas
foram levadas à força até um mangue no Rio Ceará, na divisa entre Caucaia e
Fortaleza, onde foram assassinadas.
Mais dois presos - A Polícia
Civil prendeu mais dois suspeitos de torturar com golpes de facão e matar as
três mulheres, entre eles o homem apontado como o mandante do crime; seis
pessoas haviam sido presas na semana passada, chegando a oito o total de detidos
por envolvimento no caso.
As vítimas foram achadas em
estado avançado de decomposição e foram identificadas por meio de amostras de
DNA.
Uma das jovens sofreu uma série
de mutilações, inclusive com a amputação de um braço. Os criminosos filmaram o
crime e postaram o vídeo em redes sociais. Os corpos foram achados enterrados
em uma área de mangue uma semana após os crimes.
Comunidade do Gafanhoto - Os
oitos suspeitos são moradores da Comunidade do Gafanhoto, no Bairro Vila Velha,
e são todos membros da mesma facção, conforme a investigação. Um dos presos tem
a tatuagem de um gafanhoto no abdômen, o que indica a atuação dele na organização
criminosa, conforme a Polícia Civil.
Um dos presos indicou o local
onde os corpos foram enterrados. Junto com as vítimas foram encontradas peças
de roupas e pedaços de madeira que, segundo a polícia, foram utilizados para
agredir as vítimas. Parte do facão que teria sido usado no crime também estava
no local.
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