segunda-feira, 16 de abril de 2018

NARCOTRÁFICO - Morte de traficantes do PCC no Ceará completa 2 meses e mandante continua foragido

"Fuminho" está sendo procurado pela Polícia de São Paulo

Uma “guerra comercial” da venda de cocaína no Brasil e no Exterior. Esta é a principal linha de investigação da Polícia paulista para explicar o assassinato de dois líderes da facção criminosa  Primeiro Comando da Capital (PCC), no Ceará. A execução sumária dos traficantes Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue” e Fabiano Alves de Souza, o “Paca”, há exatos dois meses, ainda está sob apuração. Contudo, para as autoridades paulistas, não há mais dúvidas de que o duplo assassinato tem um mandante já identificado, porém, foragido.
Trata-se de Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”, um dos principais comparsas do “número um” do PCC, o narcotraficante Marcos Wiilans Herbas Camacho, o “Marcola”, atualmente preso na Penitenciária de Presidente Wenceslau Brás, em São Paulo.
Dois meses após as mortes de “Paca” e “Gegê do Mangue”, o caso não chegou ainda na Justiça do Ceará, mas em São Paulo a investigação avança.  Para as autoridades, “Fuminho” não agiu por conta própria. Certamente, teve o aval de “Marcola” para ordenar a localização, sequestro e execução dos dois bandidos no Ceará.

Misterioso - Contudo, o paradeiro de “Fuminho” é desconhecido. Há suspeitas de que ele estaria escondido na Bolívia, onde mantém um cartel para a venda em alta escala de cocaína no Brasil e no exterior.  Ele é considerado uma verdadeira “sombra”. Sua ficha criminal é pequena, porém antiga. Vem desde 1999, quando esteve recolhido no Carandiru. De lá para cá, pouco se sabe do principal aliado de “Marcola”.
Segundo a Polícia paulista, “Fuminho” usa várias identidades falsas, entre elas, as de Luiz Gilberto Bertolino de Lima e Gilmário Dias de Souza.
Enquanto a Polícia acredita que “Fuminho” mandou matar “Gegê do Mangue” e “Paca” com o aval de “Marcola, integrantes do PCC acreditam que ele agiu sozinho, isoladamente, por conta própria. Fez isso para eliminar concorrentes no comando da venda de drogas.

No Ceará, os dois homens estariam montando uma grande base para fazer escoar pelo Brasil adentro e para o exterior – principalmente Europa e África – a cocaína produzida na Bolívia. Com tanto dinheiro, passaram a ostentar aqui luxo e riqueza. Acabaram caindo numa emboscada bem montada e que seria apenas mais uma demonstração de riqueza: um voo de helicóptero pelas praias do litoral cearense. Na verdade, foram atraídos para a morte na tarde de 16 de fevereiro.  Os corpos, porém, só foram encontrados no dia seguinte por um índio que colhia frutos no mato, na Reserva Indígena Lagoa da Encantada, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

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