"Gago da
Barra", um dos líderes do CV em Fortaleza, foi preso com quatro comparsas
Uma abordagem de rotina a um
veículo, realizada por uma patrulha do Batalhão de Policiamento Rodoviário
Estadual (BPRE), em um desvio da rodovia
CE-065, em Baturité, resultou na prisão de uma quadrilha de traficantes de
drogas e homicidas. O bando seria o “cabeça” da facção criminosa Comando
vermelho (CV) em Fortaleza e suspeito de ter comandado os ataques a coletivos e
contra prédios públicos na Capital há duas semanas.
O chefe da quadrilha era
procurado pela Justiça há, pelo menos, dois anos. Trata-se do traficante de
drogas e homicida José Flávio Rodrigues Pereira, o “Gago da Barra” ou “Gago do
Gueto”, cuja ficha criminal indica envolvimento em 11 assassinatos, além de
outros delitos graves.
Conforme a Inteligência da PM,
“Gago” seria um dos principais líderes do CV em Fortaleza e teria ordenado aos
seus “soldados”, bandidos da comunidade do Gueto, na Barra do Ceará (zona
Oeste), a praticar o atentado no prédio da Secretaria da Justiça e da Cidadania
(Sejus), na Praia de Iracema, na madrugada de 24 de março último. O fato que
resultou em um confronto com a Polícia Militar. No tiroteio, três dos quatro
criminosos da quadrilha acabaram mortos. O bando portava granadas militares,
bombas incendiárias (coquetéis molotov), além de armas de fogo (pistolas).
Ataques - Ainda de acordo com
informações colhidas pela Inteligência, com a morte de Francisco José Raniel
Barbosa dos Santos, Davi Lima Pires e de um terceiro bandido não identificado,
durante o confronto com a Polícia, “Gago da Barra” e sua quadrilha fugiu do
Gueto e foi se esconder na casa de parceiros do Comando Vermelho (CV) na
comunidade Lagoa do Urubu, no bairro Álvaro Weyne.
Horas depois da morte dos
comparsas, bandidos da facção receberam orientação direta de “Gago” e saíram às
ruas da Capital incendiando ônibus e vans do transporte coletivo. No entanto,
as autoridades já sabem que a ordem que “Gago” repassou para a facção veio de
dentro de um presídio, a CPPL 2, onde está o comando geral do CV no Ceará.
Entre os líderes da facção, o traficante de drogas Márcio Gleidson Dias, o
“Márcio do Gueto”, parceiro de crimes de “Gago” e outros criminosos de alta
periculosidade, como os assaltantes de bancos “Michelan” e “Bruno da Alzira”.
Naquela noite (24 de março),
foram perpetrados, ao menos, seis ataques a coletivos, incendiados na Praça do
Coração de Jesus (centro), avenidas Leste-Oeste e Imperador e outros corredores
de tráfego do transporte urbano da cidade.
No domingo (25), um sétimo ônibus foi incendiado na Avenida Perimetral,
no bairro José Walter.
Na segunda-feira (26), o mesmo
bando, que permaneceu escondido nas cercanias da Lagoa do Urubu voltou a formar
um “bonde” e incendiou o oitavo coletivo nas ruas do bairro Álvaro Weyne.
Fugiram - Na semana passada, o
Comando-Geral da PM determinou que tropas das forças especiais da Corporação
(batalhões de Choque, Raio e BPRE) ocupassem a comunidade da Lagoa do Urubu.
Durante todo o fim de semana prolongado da Semana Santa, as ruas do bairro
foram tomadas por viaturas durante 24 horas. Acuado, o chefe do CV em Fortaleza
e seus principais comparsas fugiram para a região do Maciço de Baturité, onde
acabaram sendo presos, na tarde de ontem, numa abordagem do BPRE. Os criminosos estavam a borde uma caminhoneta
Hilux.
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