A Polícia Civil segue
investigando as circunstâncias nas quais o delegado Romério Moreira de Almeida
(foto), sofreu dois tiros, na manhã de quinta-feira (26). A suspeita é de
tentativa de suicídio, mas os agentes não descartam a possibilidade de
tentativa de homicídio. O delegado foi afastado da função por 60 dias por
suspeitas de corrupção.
Romério foi encontrado baleado em
sua residência com dois tiros calibre 22. O agente foi transferido para o
Hospital Instituto José Frota (IJF), em Fortaleza, e já recebeu alta. Agora,
ele deve ficar em recuperação em unidade particular.
Segundo investigações do
Ministério Público Estadual, através do seu Núcleo de Investigação Criminal, e
do grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o delegado
Romério Almeida teria praticado crime de corrupção juntamente com o ex-policial
civil (ex-escrivão) e advogado criminalista Hélio Nogueira Bernardino.
Os dois suspeitos foram alvos de
uma ação policial batizada de “Operação Renault” realizada na quarta-feira
(25). Mandados judiciais de busca e apreensão foram cumpridos nas residências
dos investigados, além de diligências também no gabinete do delegado (no 34º DP
) e no escritório do advogado. A operação foi autorizada pelo juiz de Direito,
Henrique Jorge Granja de Castro, atendendo a um requerimento do MP.
Escutas telefônicas autorizadas
pela Justiça revelaram que o delegado e o advogado receberiam a quantia de R$ 3
mil (R$ 1,5 mil para cada um) para liberar o carro apreendido em poder de um
traficante identificado como Anderson Rodrigues da Costa, atualmente preso no
Presídio da Cigana, em Caucaia, onde também foi feita uma busca na cela ocupada
pelo detento.
Na última quarta-feira, o
afastamento do delegado foi oficializado e confirmado pelo delegado-geral da
Polícia Civil, Everardo Lima. A medida judicial tem o prazo de 60 dias.
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