Jovem ainda vai
passar por oito cirurgias
Carlos Javier Hualpa Vacas, 37
anos, confessou ter sido o responsável por atear fogo na jovem Eyvi Agreda
Marchena na última terça-feira (24), em Lima, no Peru.
“Eu só queria desfigurar o rosto
dela, mas o ônibus se moveu e se espalhou por todo o corpo”, disse ele às
autoridades, aparentemente sem remorso, segundo a imprensa peruana.
Na confissão feita à polícia e ao
Ministério Público peruano, Vacas deu detalhes do ataque, que já estava sendo
planejado a cerca de um mês, quando comprou a gasolina que usou para queimar a
moça.
Ele explicou ainda que seguiu
Agreda desde o momento em que ela saiu do trabalho, mas que ela não tinha
percebido porque estava levemente adormecida.
'Pensei no que ela não me deu' - “No
caminho, pensei em tudo o que Eyvi não me deu. Que ela se aproveitou de sua
aparência física para usar homens. Fingiu ser uma pessoa que não era. Que ela
se importava apenas com ela", confessou Hualpa.
O agressor também ficou ferido no
braço esquerdo por conta do ataque. Ele narrou que desceu do ônibus, pegou um
táxi e foi até a sua casa, onde contou tudo o que havia feito para sua irmã. Os
dois foram para um hospital para tratar dos ferimentos dele.
Em 2015, Hualpa já havia pedido
Eivy em namoro, mas ela recusou. Apesar da negativa, ele continuou a enviar
flores e bichinhos de pelúcia para a garota, que acabou se afastando.
De acordo com ele, Agreda
continuava ligando para ele. O homem alega que a teria seguido apenas uma vez.
A confissão pode ajudar em uma
eventual redução de pena. No Peru, o crime de tentativa feminicídio tem penas
mínimas de 25 anos e máximas de 35.
Hualpa ainda pode ser acusado por
crimes de exposição de pessoas ao perigo e ferimentos graves.
Estado de saúde da jovem - Agreda continua internada na UTI e seu
estado de saúde é considerado grave. Ela já passou por duas cirurgias, no
entanto ainda precisa de outras oito operações de enxerto de pele.
Ela está sendo mantida sedada
para evitar que sinta muita dor, o que poderia levar a um choque clínico. Um
grupo de mulheres fez uma vigília na frente do hospital em homenagem a ela.
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