sábado, 28 de abril de 2018

'Só queria desfigurá-la' - Homem que ateou fogo em jovem confessa crime

Jovem ainda vai passar por oito cirurgias
Jovem ainda vai passar por oito cirurgias

Carlos Javier Hualpa Vacas, 37 anos, confessou ter sido o responsável por atear fogo na jovem Eyvi Agreda Marchena na última terça-feira (24), em Lima, no Peru.
“Eu só queria desfigurar o rosto dela, mas o ônibus se moveu e se espalhou por todo o corpo”, disse ele às autoridades, aparentemente sem remorso, segundo a imprensa peruana.
Na confissão feita à polícia e ao Ministério Público peruano, Vacas deu detalhes do ataque, que já estava sendo planejado a cerca de um mês, quando comprou a gasolina que usou para queimar a moça.
Ele explicou ainda que seguiu Agreda desde o momento em que ela saiu do trabalho, mas que ela não tinha percebido porque estava levemente adormecida.
'Pensei no que ela não me deu' - “No caminho, pensei em tudo o que Eyvi não me deu. Que ela se aproveitou de sua aparência física para usar homens. Fingiu ser uma pessoa que não era. Que ela se importava apenas com ela", confessou Hualpa.
O agressor também ficou ferido no braço esquerdo por conta do ataque. Ele narrou que desceu do ônibus, pegou um táxi e foi até a sua casa, onde contou tudo o que havia feito para sua irmã. Os dois foram para um hospital para tratar dos ferimentos dele.
Em 2015, Hualpa já havia pedido Eivy em namoro, mas ela recusou. Apesar da negativa, ele continuou a enviar flores e bichinhos de pelúcia para a garota, que acabou se afastando.
De acordo com ele, Agreda continuava ligando para ele. O homem alega que a teria seguido apenas uma vez.
A confissão pode ajudar em uma eventual redução de pena. No Peru, o crime de tentativa feminicídio tem penas mínimas de 25 anos e máximas de 35.
Hualpa ainda pode ser acusado por crimes de exposição de pessoas ao perigo e ferimentos graves.

Estado de saúde da jovem - Agreda continua internada na UTI e seu estado de saúde é considerado grave. Ela já passou por duas cirurgias, no entanto ainda precisa de outras oito operações de enxerto de pele.
Ela está sendo mantida sedada para evitar que sinta muita dor, o que poderia levar a um choque clínico. Um grupo de mulheres fez uma vigília na frente do hospital em homenagem a ela.

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