Aliados de Michel Temer no
Congresso Nacional e ministros do Supremo Tribunal Federal afirmam que o
governo atingiu um nível extremo de enfraquecimento político, não descartando,
em caso de piora na situação, o risco de a gestão não conseguir se sustentar
nos sete meses que lhe restam.
A avaliação é a de que a crise
com os caminhoneiros atingiu um dos últimos resquícios de credibilidade da
administração, a área econômica.
Temer completou no último dia 12
dois anos de governo como o presidente, na média, mais impopular desde pelo
menos a gestão de José Sarney (1985-1990).
Mas vinha batendo na tecla de que
em sua administração a inflação foi reduzida e o país saiu da recessão, embora
em ritmo mais lento do que o esperado.
Com a crise da greve dos
caminhoneiros, o país passa por uma grave situação de desabastecimento, cenário
não detectado pelo governo apesar de alertas nessa direção.
Emparedado, o Palácio do Planalto
foi obrigado a ceder em vários pontos, em uma demonstração do enfraquecimento
político que vive, mas mesmo assim não conseguiu encerrar a paralisação.
"Não é o caminhoneiro, é o
brasileiro que não admite a Presidência do Temer. A greve dos caminhoneiros
detonou a popularidade do Temer e do governo, a população está revoltada".
Nos bastidores do STF, a
avaliação de ministros é a de que o governo subestimou os caminhoneiros. No
caso de o desabastecimento se agravar, há, na visão desses magistrados, o risco
de uma revolta de maior proporção, com ameaça ao já cambaleante mandato de
Temer.
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