Leandro Luiz do
Livramento deixa a prisão no início da tarde desta sexta-feira
A dor e a agonia de passar 10
dias na cadeia tiveram fim para Leandro Luiz do Livramento na tarde desta
sexta-feira (4). Funcionário de uma loja de departamentos há 13 anos e aluno de
duas faculdades, Leo, como é conhecido, estava preso desde o dia 24 de abril,
quando foi levado por policiais no momento em que renovava sua carteira de
identidade em um posto do Detran, em Vilar dos Teles.
“Foi um pesadelo sem fim, por um
momento achei que não fosse terminar. Imagina eu que tenho uma vida normal da
noite para o dia está tudo de cabeça para baixo?”, disse Leandro emocionado, ao
deixar a cadeia.
Leo foi solto por volta das 14h e
foi recebido com muita emoção e carinho por amigos e familiares, que chegaram
por volta das 8h no presídio Evaristo de Veiga, em São Cristóvão. O coro de
"Leo, eu te amo" era repetido enquanto esperavam a soltura dele.
Manifestações e uma campanha na internet também foram feitas enquanto Leo
esteve preso.
"Cheguei na prisão em estado
de choque. Não conseguia comer nem tomar banho, os presos que me deram força.
Achei que ia largar tudo e desistir, não estava mais aguentando. A hora não
passa, é uma briga pra conseguir deixar. Mas aguentei o quanto deu",
acrescentou Leo.
Leandro foi detido após um
equívoco em um inquérito policial que investigava um criminoso morto em 2014. O
Ministério Público opinou a favor da soltura de Leandro. Em nota, a instituição
alegou que as provas apresentadas pela defesa indicam que o verdadeiro acusado
pode ser outra pessoa.
Entenda o caso - Leandro Luiz do Livramento, de 32 anos, foi detido
num posto de Detran, de Vilar dos Teles, na hora em que fazia a renovação de
sua carteira de identidade.
No momento da abordagem, Leo foi
informado de que era foragido da polícia desde 2013, e que só sairia do local
com a polícia. Leo foi levado direto para a cadeia de Benfica, onde passou 4
dias, depois foi transferido para São Cristóvão.
O inquérito policial é de 2013 e
foi instaurado na Delegacia de Combate às Drogas (Decod). O verdadeiro
criminoso se chama Leandro de Souza Rodrigues e usou o número do CPF de Léo para
cadastrar um chip de celular.
O aparelho foi interceptado pelos
policiais, que grampearam o telefone. O criminoso teria morrido em 2014, mas o
mandado de prisão em nome de Léo continuou valendo.
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