terça-feira, 12 de junho de 2018

CONCLUSÃO - Investigação da PF confirma esquema criminoso envolvendo policiais civis cearenses

A PF iniciou as investigações no passado e hoje deverá revelar o resultado final do trabalho

A Superintendência da Polícia Federal no Ceará vai realizar na tarde desta terça-feira (12) uma coletiva de Imprensa para revelar  os resultados finais  da investigação que confirmou o  envolvimento de policiais civis em uma rede criminosa descoberta no âmbito da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD).  No total, 25 pessoas, entre elas, três delegados e 13 inspetores e escrivães da Polícia Civil do Ceará, foram alvos da apuração. A maioria dos servidores permanece afastada dos cargos por ordem judicial.
A investigação teve início no ano passado após a Justiça conceder a delação premiada de um traficante de drogas e anabolizantes que agia em Fortaleza. Em delação ao Ministério Público Federal, o português Carlos Miguel de Oliveira Pinheiro revelou um suposto esquema criminoso que funcionava dentro da DCTD.  Ele disse que foi extorquido ao menos, duas vezes, pelos policiais daquela Especializada.
Foi a partir dessas informações que a Polícia Federal foi acionada para instaurar inquérito, o que resultou na deflagração da “Operação vereda”, realizada na manhã do dia 6 de dezembro do ano passado, quando agentes da  PF invadiram a sede da DCTD para  cumprir ordens judiciais de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão.

Crimes investigados - A PF já havia informado à Justiça Federal ter descortinado um esquema criminoso montado pelos policiais da DCTD e, mais recentemente, no dia 25 de maio, a Justiça atendeu ao pedido do órgão para manter afastados das funções públicas uma delegada e 13 policiais civis alvos da investigação. O pedido foi acatado pela juíza federal Heloísa Silva de Melo, substituta da 11ª Vara da Secção Judiciária do Ceará.  A magistrada determinou também a remessa de um telefone celular de um dos investigados aos Estados Unidos para que seja feita a “quebra” da senha de acesso do aparelho.
Segundo a PF, em relatório enviado à Justiça Federal, “as investigações policiais têm revelado a participação dos indiciados em abordagens ilegais, envolvendo episódios de flagrante preparado, flagrante forjado, tortura, subtração de pertences de pessoas detidas, buscas domiciliares abusivas, concussão, corrupção, utilização de moeda falsa e tráfico de entorpecentes”.
Os 13 policiais afastados dos cargos e investigados na “Operação Vereda” são os seguintes: Patrícia Bezerra de Souza Dias Branco (delegada), Antônio Chaves Pinto Júnior, José Audízio Soares Júnior, Fábio Oliveira Benevides, Antônio Henrique Gomes de Araújo, Francisco Alex de Souza Sales, Antônio Márcio do Nascimento Maciel, Petrônio Gerônimo dos Santos, Rafael de Oliveira Domingues, Alexandre maia Ximenes, Raimundo Nonato Nogueira Júnior, João Felipe de Araújo Sampaio Leite, Fabrício Dantas Alexandre e Gleidson da Costa Ferreira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário