Exército ocupa estradas no Ceará
para evitar formação de novos pontos de bloqueio
O Exército ocupa quatro pontos de
estradas federais no Ceará para evitar novos pontos de bloqueio. Conforme a 10ª
Região Militar, há presença de soldados em trechos da BR-116 e BR-304, nas
cidades de Aracati, Chorozinho e Horizonte, na Grande Fortaleza e em Tabuleiro
do Norte, na divisa com Rio Grande do Norte.
Durante 11 dias, caminhoneiros
fecharam vários pontos das rodovias federais no Ceará, impedindo o transporte
de cargas no país. Os profissionais aderiram a uma greve exigindo a redução do
preço do diesel, que quase dobrou desde 2016.
Conforme o Exército, as equipes
vão permanecer nas estradas do Ceará até, pelo menos, 4 de junho, conforme
decreto presidencial assinado por Michel Temer em 25 de maio.
Ainda segundo a 10ª Região
Militar, com sede em Fortaleza, o objetivo da ocupação é "permitir o
escoamento significativo de cargas (insumos de saúde, combustíveis, GLP [gás de
cozinha], produtos de agropecuária e gêneros alimentícios) para os pontos de
distribuição das grandes e médias cidades".
O último ponto de bloqueio que
havia no Ceará foi desfeito no fim da manhã desta quinta-feira (31), segundo a
Polícia Rodoviária Federal. A concentração de caminhoneiros era mantida na
cidade de Tabuleiro do Norte.
Veículos do Exército nas estradas
do Ceará
Decreto presidencial - O
decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza o emprego das Forças
Armadas em casos de situações de perturbação da ordem pública, prevê ações de
desobstrução de vias públicas federais a partir desta sexta até o dia 4 de
junho. Ainda de acordo com a publicação, a medida anunciada também inclui:
- Remoção ou a condução de
veículos que estiverem obstruindo a via pública;
- Escolta de veículos que prestem
serviços essenciais ou transportem produtos considerados essenciais;
- Garantia de acesso aos locais
de produção ou distribuição de produtos considerados essenciais;
- Medidas de proteção para
infraestrutura considerada crítica.
Greve dos caminhoneiros
Fim dos bloqueios no Ceará
- Os caminhoneiros aderiram a uma greve exigindo a redução do preço do diesel,
que quase dobrou desde 2016. Durante 11 dias, houve bloqueios em vários pontos
de estradas federais no Ceará e no Brasil. O último bloqueio no estado era
mantido em Tabuleiro do Norte, até a manhã desta quinta.
Um caminhoneiro afirmou que o
custo médio de uma viagem no Brasil subiu, em média, R$ 1,4 mil, em decorrência
da alta do diesel.
Com o fim dos bloqueios, o
abastecimento de vários produtos começam a normalizar no Ceará: os aeroportos
de Juazeiro do Norte e Fortaleza receberam combustível; a Ceasa recebeu
abastecimento, e os preços começaram a cair; e os postos têm oferta de
combustível na maior parte do estado.
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