Gisele Távora Araújo, morta numa
abordagem errada da PM em Fortaleza
Passadas mais de 24 horas da
morte da bacharel em Administração de
Empresas e vendedora, Gisele Távora Araújo, 42 anos, atingida por um tiro
disparado por um policial militar, o caso sequer teve registro nas estatísticas
da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). E muito
provavelmente não será incluindo como Crime Violento, Letal e Intencional
(CVLIs), já que o órgão não considera na sua estatística oficial as Mortes Por
Intervenção Policial.
Gisele foi morta durante uma
abordagem desastrosa de policiais que faziam o moto-patrulhamento das ruas da
Cidade dos Funcionários (zona Sul da Capital), na noite da última
segunda-feira. Gravemente ferida com um tiro de carabina calibre Ponto 40
(.40), ela não resistiu e morreu no começo da manhã de ontem (12) após ser
submetida a uma cirurgia no Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro). O
projétil penetrou nas costas da vítima e saiu no tórax, atingindo vários órgãos
vitais.
Mortes - Somente neste
ano, ao menos, cinco pessoas foram mortas em abordagens desastrosas da Polícia
Militar na Capital. Um dos casos ocorreu na manhã do dia 6 de maio, quando o
gerente de call Center Wellington Matias de Sousa, 34 anos, foi atingido por um
tiro disparado por policiais militares que faziam a perseguição a bandidos em
um carro roubado na Avenida José Bastos, na Capital.
Naquele momento, por volta de 11
horas, Wellington dirigia seu veículo em direção à casa de amigos. Ao parar no
semáforo, próximo a um posto de combustíveis, se viu inesperadamente na linha
de fogo entre bandidos e uma patrulha da PM. Um tiro disparado atrás do carro
acabou matando o rapaz. A bala (provavelmente, disparada de uma arma longa),
penetrou na tampa do porta-malas, atravessou os bandos traseiro e dianteiro e
atingiu as costas de Wellington. Ele
chegou a ser socorrido ao IJF, mas não resistiu e morreu horas depois.
Já na tarde do dia 25 de abril,
um garoto de apenas 6 anos de idade, identificado como José Isaac Santiago da
Silva, morreu ao ser baleado por policiais militares que havia cercado a casa
de seus familiares, no bairro Bom Jardim, em busca de armas e drogas.
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