sábado, 30 de junho de 2018

Oficial PM condenado pela morte de Amarildo passa em prova da OAB no Rio

Major Edson Raimundo foi condenado a mais de 13 anos de prisão por envolvimento na morte do pedreiro Amarildo
Major Edson Raimundo foi condenado a mais de 13 anos de prisão por envolvimento na morte do pedreiro Amarildo

Condenado a uma pena de 13 anos e sete meses de prisão por envolvimento na tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza, assassinado em 2013, na Rocinha, o major PM Edson Raimundo dos Santos, ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, passou na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O oficial está preso no Presídio Vieira Ferreira Neto, antigo Batalhão Especial prisional da PM, e prestou exame para a OAB com autorização judicial, no último dia 10.

Major Edson foi ex-comandante da UPP Rocinha
Major Edson foi ex-comandante da UPP Rocinha

No entanto, ter sido aprovado no exame não significa que o policial militar esteja apto para receber a carteira da OAB. Para isso acontecer, de acordo com a Subprocuradoria da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, é necessário que ele primeiro entre com um pedido de inscrição do documento. Não há prazo estipulado de tempo para que isso ocorra, podendo levar até vários anos.
Depois que o pedido é feito, uma comissão de seleção da inscrição julga se o candidato cumpriu uma série de pré-requisitos, como estar em dia com as obrigações eleitorais e se tem idoneidade moral para receber o documento.

O pedreiro Amarildo foi levado para UPP Rocinha e desapareceu, em 2013.
O pedreiro Amarildo foi levado para UPP Rocinha e desapareceu, em 2013

O oficial cumpre pena no regime semiaberto. Ele já ganhou direito de visitar periodicamente a família em datas especiais, como o natal e a páscoa. Um pedido para que o major fosse trabalhar fora do presídio chegou a ser feito à Justiça, mas foi negado pela juíza da Vara de Execuções Penais. Até agora, o PM já cumpriu mais de cinco anos da pena que foi condenado.
Além do major Edson, outros 11 PMs também foram condenados pela Justiça pela morte de Amarildo. O pedreiro sumiu após ser levado por policiais militares para ser interrogado na sede da UPP durante a "Operação Paz Armada", de combate ao tráfico na comunidade, entre os dias 13 e 14 de julho de 2013. Seu corpo nunca foi encontrado.

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