Major Edson Raimundo foi
condenado a mais de 13 anos de prisão por envolvimento na morte do pedreiro
Amarildo
Condenado a uma pena de 13 anos e
sete meses de prisão por envolvimento na tortura e morte do pedreiro Amarildo
de Souza, assassinado em 2013, na Rocinha, o major PM Edson Raimundo dos
Santos, ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha,
passou na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O oficial está preso no
Presídio Vieira Ferreira Neto, antigo Batalhão Especial prisional da PM, e
prestou exame para a OAB com autorização judicial, no último dia 10.
Major Edson foi ex-comandante da
UPP Rocinha
No entanto, ter sido aprovado no
exame não significa que o policial militar esteja apto para receber a carteira
da OAB. Para isso acontecer, de acordo com a Subprocuradoria da Ordem dos
Advogados do Brasil no Rio, é necessário que ele primeiro entre com um pedido
de inscrição do documento. Não há prazo estipulado de tempo para que isso
ocorra, podendo levar até vários anos.
Depois que o pedido é feito, uma
comissão de seleção da inscrição julga se o candidato cumpriu uma série de
pré-requisitos, como estar em dia com as obrigações eleitorais e se tem
idoneidade moral para receber o documento.
O pedreiro Amarildo foi levado
para UPP Rocinha e desapareceu, em 2013
O oficial cumpre pena no regime
semiaberto. Ele já ganhou direito de visitar periodicamente a família em datas
especiais, como o natal e a páscoa. Um pedido para que o major fosse trabalhar
fora do presídio chegou a ser feito à Justiça, mas foi negado pela juíza da
Vara de Execuções Penais. Até agora, o PM já cumpriu mais de cinco anos da pena
que foi condenado.
Além do major Edson, outros 11
PMs também foram condenados pela Justiça pela morte de Amarildo. O pedreiro
sumiu após ser levado por policiais militares para ser interrogado na sede da
UPP durante a "Operação Paz Armada", de combate ao tráfico na
comunidade, entre os dias 13 e 14 de julho de 2013. Seu corpo nunca foi
encontrado.
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