O açude Trussu que abastece as
cidades de Iguatu e Acopiara chegou, nesta quinta-feira, 19, a 6,5%, o índice
mais baixo desde sua construção. O reservatório, no fim deste ano, deverá
chegar em torno de 3%, conforme projeção do escritório regional da Companhia de
Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh). A projeção para fevereiro de 2019 é de
2,7%.
A partir de dezembro próximo ou
janeiro de 2019 dificilmente haverá condições técnicas de captação da água do
reservatório para o abastecimento das duas cidades, mediante a perda de
qualidade e de quantidade, inviabilizando o sistema de bombeamento.
Se houver uma redução da oferta,
não haverá condições de atender a demanda que é de 750 metros cúbicos por hora.
Os dados sobre o Trussu e as
dificuldades de abastecimento de água que as cidades de Acopiara e Iguatu vão
enfrentar foram debatidos em reunião da Comissão Gestora do Trussu realizada
nesta quinta-feira, 19, no campus Areias, do Instituto Federal de Educação, na
cidade de Iguatu.
O chefe do escritório da Cogerh,
Anatarino Torres, considerou a situação do Trussu como preocupante. “Desde 2012
que o açude Trussu vem perdendo água, obtendo recargas reduzidas, que se
agravaram nos últimos dois anos”, frisou Anatarino Torres. “O reservatório
depende de chuvas no município de Acopiara, e em parte de Jucás e Saboeiro,
pois Iguatu pouco contribuiu com a sua bacia”.
O chefe local do Dnocs, Cléber
Cavalcante, disse que dentre os açudes do Dnocs, o Trussu é o que está em
situação mais calamitosa.
Por ser um reservatório de porte
médio, o Trussu com menos de 3% deverá ter água em péssima qualidade, além de
dificultar o sistema de captação por bombeamento.
Ministério Público - Mediante
as dificuldades de abastecimento de água que a cidade de Iguatu deve enfrentar
a partir de dezembro próximo, ficou definida a formação de uma comissão para
demonstrar o quadro atual e solicitar apoio do Ministério Público do Ceará, que
deve acionar a Prefeitura e o SAAE em busca de alternativas.
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