Os novos policiais civis do
Ceará, que foram empossados há um mês, ainda não iniciaram as atividade porque
não receberam armas do Estado. A informação é do Sindicato dos Policiais Civis
do Ceará (Sinpoci), que também coloca que foram entregues apenas 170 armas para
646 novos agentes.
A Secretaria da Segurança Pública
(SSPDS) informou que o processo de aquisição de 4.100 armas para as polícias
civil e militar foi finalizado antes da nomeação dos profissionais. A demora se
deve a trâmites burocráticos, porque as armas vêm dos Estados Unidos. Ainda
segundo a SSPDS, elas devem chegar na próxima semana.
Em ofício assinado por diretores
dos departamentos de polícia, a determinação é que os servidores só comecem a
trabalhar depois de receber o armamento. Mas o sindicato da categoria denuncia
que a Secretaria da Segurança Pública já está encaminhando os novatos para as
delegacias onde foram lotados. Dizem ainda que por enquanto, eles se
empenhariam apenas em atividades administrativas, não devendo sair às ruas.
Riscos - O Sinpoci
acredita, contudo, que é uma tarefa arriscada para um profissional desarmado.
"Atividades internas dentro da delegacia, são serviços de cartório
serviços de permanência. Todos os dois perigosíssimos, porque o serviço de
permanência está lidando com o preso, e o serviço de cartório, você está
tomando oitivas, está lidando com pessoas que foram flagradas", afirma o
Sinpoci.
O sindicato alerta ainda para a
responsabilidade no caso de algum incidente dentro das delegacias. "Não
existe, oficialmente, nada dizendo que ele deva se apresentar mesmo desarmado.
A gente até orienta aos policiais, que certifiquem isso, quando se apresentarem
nas delegacias, documentem".
Nenhum comentário:
Postar um comentário