A formatura dos novos policiais
civis ocorreu há um mês e até agora eles não receberam suas armas
Uma grave denúncia circula nas
redes sociais envolvendo novamente o setor da Segurança Pública do Estado do
Ceará. Por falta de armas, cerca de 560 policiais civis (inspetores e
escrivães) recém-empossados pelo governador Camilo Santana (PT) estão impedido
de exercer suas atividades de rua. Sem armas para sua defesa pessoal e para
enfrentar a bandidagem, os policiais foram orientados pela direção da
instituição a permanecerem em casa até que as armas sejam compradas. Até lá, receberão
salários sem trabalhar.
A ordem para que os novos
policiais fiquem apenas “à disposição” de seus respectivos departamentos foi
assinada pelo delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Everardo Lima, que
seguiu determinação do secretário da Segurança, delegado André Costa, e este,
do governador Camilo Santana.
O ofício de Everardo Lima, de
número 754/2018-GDGPC, foi reproduzido pelos diretores dos departamentos de
Polícia do Interior/DPI (Norte e Sul), de Polícia Metropolitana (DPM) e de
Polícia Especializada (DPE). A ordem é
para “os novos policiais civis, recém-empossados, exercerão suas atividades, em
delegacias, somente após o recebimento do devido armamento”, ressalta o
documento.
Ociosos - Desse modo, 372
novos inspetores e 188 escrivães ficarão em casa recebendo salários do estado
sem trabalhar. O documento não se refere aos novos 86 delegados que também
foram empossados no cargo no último dia 20 de junho.
Enquanto o estado paga salários
para um efetivo policial que não pode trabalhar por falta de armamento, as
delegacias de Polícia da Capital e da Região Metropolitana, além dos
departamentos e divisões, acumulam milhares de inquéritos policiais que apuram
crimes de toda a ordem, principalmente, casos de furtos, roubos e assassinatos.
Entre os dias 1º de janeiro e 19 de julho, o Ceará já registrou 2.779
homicídios, latrocínios e lesões corporais que resultaram em óbito, os chamados
Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs).
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