Na madrugada do dia 27 de janeiro, 14 pessoas foram mortas
nesta casa de shows, em Fortaleza
Sete chacinas ocorridas em menos de sete meses no Ceará,
neste ano, deixaram um saldo trágico de 48 pessoas mortas. Somente no fim de
semana passado, em dois assassinatos coletivos, nove pessoas acabaram
executadas sumariamente. Os crimes ocorreram entre a sexta-feira (13) e o sábado
(14), no intervalo de menos de 24 horas.
Os motivos das matanças são variados, desde briga entre
facções criminosas a rixas entre famílias, casos de vingança pessoal a “acertos
de contas” entre bandidos. Dos sete
casos registrados neste ano no Ceará, dois deles ocorreram em Fortaleza e
deixaram 21 mortos, nas chacinas do “Forró do Gago”, no bairro Cajazeiras, na
madrugada do dia 27 de janeiro; e na “Chacina do Benfica”, que causou sete
assassinatos na noite de 9 de março.
A mais grave chacina, com maior número de vítima, ocorreu por
conta da “guerra” travada entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e
Guardiões do Estado (GDE). Catorze pessoas foram mortas dentro da casa de
forró, sendo oito mulheres e seis homens. A Polícia conseguiu identificar 12
pessoas envolvidas na matança. A maioria já foi presa.
Veja, a seguir, um resumo dos sete casos, com os nomes das 48
vítimas
1 – (8 de janeiro) – Na localidade Serra Pelada, zona rural do Município de
Maranguape, na RMF, uma chacina dentro de uma residência deixou quatro homens
mortos. A matança teve relação com a guerra entre facções criminosas. Os quatro
mortos foram identificados como: Joaquim Monteiro da Silva Neto, João Lucas de
Sousa Morais, Antônio Hiberson Brito Jacinto e Rhuan Ferreira de Sena.
2 – (27 de janeiro) – Uma matança aconteceu na casa de shows “Forró do
Gago”, na comunidade Barreirão, bairro Cajazeiras, em Fortaleza, com 14 pessoas
assassinadas, sendo oito mulheres e seis homens, se constituindo na maior
chacina já ocorrida no Ceará nos últimos anos.
Os mortos foram: Maíra Santos da Silva, Maria Tatiana da Costa Ferreira,
Brenda Oliveira de Menezes, Raquel Martins Neves, Luana Ramos da Silva, Renata
Nunes de Sousa, Marisa Mara Nascimento da Silva, Edneusa Pereira de
Albuquerque, José Jéfferson Sousa Ferreira, Wesley Breno Santos Nascimento,
Natanael Abreu da Silva, Antônio Gilson Ribeiro Xavier, Raimundo da Cunha Dias
e Antônio José Dias de Oliveira.
3 – (29 de janeiro) – Durante uma briga entre presos da Cadeia Pública da
cidade de Itapajé, 10 detentos foram assassinados a golpes de “cossocos”,
facas, punhais e outros instrumentos. Matança ligada à guerra das facções. Os mortos foram: Alex Alan de Sousa Silva,
Francisco Emanuel de Sousa Araújo, William Aguiar da Silva, Francisco Hélder
Martins Miranda, Carlos Bruno Lopes da Silva, Caio Mendes Mesquita, Francisco
Mateus da Costa Mendes, Francisco Davi de Sousa Mesquita, Manuel da Silva Viana
e Francisco Elenilson de Sousa Braga.
4 – (9 de março) – Sete pessoas foram assassinadas no bairro Benfica, em
Fortaleza, por conta de uma rivalidade de facções criminosas. A matança começou
na Praça da Gentilândia e se estendeu pelas ruas próximas, atingindo também a
sede de uma torcida organizada de futebol (TUF). Os mortos eram: Antônio Igor
Moreira e Silva, Emilson Bandeira de Melo Júnior, Carlos Victor Menezes Barros,
Pedro Braga Barroso Neto, Joaquim Vieira de Lucena Neto, Adenilton da Silva
Ferreira e José Gilmar Furtado de Oliveira Júnior.
5 – (28 de junho) – Quatro pessoas são mortas a tiros dentro de um barraco em
um assentamento nos arredores da cidade de Quixeramobim (três mulheres e um
homem). Os mortos foram identificados
como Antônia Damila Alves Pereira, 25 anos;
Débora Mayra do Nascimento, 16; Antônia Heyla Ferreira Galdino, 20; e Adahil Rodrigues da Silva, 20 anos.
6 – (13 de julho) – Chacina com cinco mortos na localidade Sítio Cafundó, em
Palmácia. Bandidos invadiram uma residência e seqüestraram as vítimas, que
foram mortas logo depois. Os mortos foram identificados como: Antônio Barbosa
de Sousa, Paulo Sérgio dos Santos da Silva, Francisco Antônio Pereira de Abreu,
José Roniely Costa Pereira e José Edson Ferreira dos Santos.
7 – (14 de julho) – Quatro pessoas foram assassinadas na localidade Sítio São
Francisco, zona rural do Município de Quiterianópolis. Os quatro foram
identificados como José Jocey Gonçalves Cavalcante, José Josailton Gonçalves
Cavalcante (irmãos gêmeos), Cícero Gonçalves do Nascimento (tio deles); e Joana
de Deus Gonçalves (mãe dos irmãos gêmeos).
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