sexta-feira, 27 de julho de 2018

ZONA NORTE DO CE - Confronto entre policiais e criminosos deixa três mortos em Amontada


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Francinei Nobre da Silva, o 'Gangão', foi apontado como chefe do tráfico no Bom Jardim, por mais de 10 anos

Um confronto entre policiais civis e criminosos acusados de tráfico, assalto a banco, homicídios e furtos, terminou com três mortos e um agente ferido de raspão. A operação aconteceu, na última quinta-feira (26), em Amontada, Município localizado na Zona Norte do Estado do Ceará. De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência tinha como objeto capturar o trio, que já vinha sendo investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), e estava escondido na zona rural de Amontada planejando uma nova ação criminosa, que, provavelmente, teria como alvo um carro-forte.
Um policial civil, que preferiu não se identificar, afirmou que a DRF recebeu os informes sobre a localização dos criminosos e foi até o local checar, com apoio de equipes da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Unidade Tático Operacional (UTO). Os investigadores perceberam a aproximação de um veículo e deram voz de parado, momento em que os ocupantes do automóvel teriam começado a atirar.
Um tiroteio foi desencadeado e um dos integrantes do bando conseguiu escapar. A identificação dele ainda não foi confirmada pela Polícia. Outros três homens, identificados como Francinei Nobre da Silva, o 'Gangão' - José Sílvio dos Santos Vieira, o 'Silveira' e Francisco Adriano Martins da Silva, o 'Macumbeiro'. Todos tinham extensa ficha criminal e eram considerados perigosos pela Polícia local. O trio ferido ainda chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

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José Sílvio dos Santos Vieira, o 'Silveira', é acusado de ser mandante de execuções e traficante de drogas

Ataques - O policial civil afirmou que as ações recentes cometidas pela quadrilha estão sendo levantadas. Segundo ele, há indicativos de que o bando tenha agido no Ceará, neste ano. O investigador ressalta que 'Silveira' já chegou a figurar entre os homens mais perigosos do Estado, e fez parte da lista dos mais procurados da SSPDS, durante anos.
A última prisão dele tinha acontecido no ano de 2012, no Parque Potira, em Caucaia. Apontado como mandante de varias execuções, membros de associações criminosas e traficante de drogas, o criminoso era foragido do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), de onde escapou em 2010.
Além dele, Francisco Fábio da Silva Aquino, o 'Fabinho da Pavuna'; e Francisco Márcio Teixeira Perdigão, tidos, à epoca, entre os criminosos mais perigosos do Estado. 'Fabinho da Pavuna' e 'Márcio Perdigão' acabaram sendo recapturados, em Santa Inês, no Maranhão, em 2011, e apenas 'Silveira' permaneceu na condição de foragido até 2012.
Já Adriano da Silva, conhecido como 'Macumbeiro', foi preso, no ano de 2015, em um laboratório de drogas, localizado no Planalto Ayrton Senna. Na ocasião, ele afirmou aos policiais civis que costumava praticar assaltos do tipo 'saidinha' bancária e atacava instituições financeiras.
Em 2014, ele foi preso por participar de um assalto à sede da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), ocorrido em 2013, em que várias pessoas foram feitas de reféns.

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Francisco Adriano Martins da Silva, o 'Macumbeiro', confessou, na última detenção, ser um assaltante contumaz

Tráfico - Francinei Silva se envolveu em diversos crimes, ultimamente. Dentre eles, ataques a prédios públicos, assaltos a veículos que transportavam cargas dos Correios e ainda foi apontado como suposto chefe do tráfico, no bairro Bom Jardim, por mais de uma década. Na última vez que foi capturado, em 2015, 'Gangão' estava de posse de um fuzil AK47, uma escopeta, duas pistolas e 260 munições.
Conforme a Polícia Civil, o criminoso tinha ligações estreitas com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que facilitaria o contrabando de armas, munições e drogas por ele. 'Gangão' era considerado influente entre os outros criminosos locais e teria arregimentado um bando grande, que incluía até pessoas da própria família.
Apesar de responder a uma lista grande de processos e de ser acusado de crimes graves, Silva já estava nas ruas. O fuzil apreendido com ele, avaliado em cerca de R$ 70 mil, foi doado para a SSPDS no decorrer do processo a que respondia.

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