Francinei Nobre da Silva, o
'Gangão', foi apontado como chefe do tráfico no Bom Jardim, por mais de 10 anos
Um confronto entre policiais
civis e criminosos acusados de tráfico, assalto a banco, homicídios e furtos,
terminou com três mortos e um agente ferido de raspão. A operação aconteceu, na
última quinta-feira (26), em Amontada, Município localizado na Zona Norte do
Estado do Ceará. De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência tinha como objeto
capturar o trio, que já vinha sendo investigado pela Delegacia de Roubos e
Furtos (DRF), e estava escondido na zona rural de Amontada planejando uma nova
ação criminosa, que, provavelmente, teria como alvo um carro-forte.
Um policial civil, que preferiu
não se identificar, afirmou que a DRF recebeu os informes sobre a localização
dos criminosos e foi até o local checar, com apoio de equipes da Delegacia de
Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Unidade Tático Operacional
(UTO). Os investigadores perceberam a aproximação de um veículo e deram voz de
parado, momento em que os ocupantes do automóvel teriam começado a atirar.
Um tiroteio foi desencadeado e um
dos integrantes do bando conseguiu escapar. A identificação dele ainda não foi
confirmada pela Polícia. Outros três homens, identificados como Francinei Nobre
da Silva, o 'Gangão' - José Sílvio dos Santos Vieira, o 'Silveira' e Francisco
Adriano Martins da Silva, o 'Macumbeiro'. Todos tinham extensa ficha criminal e
eram considerados perigosos pela Polícia local. O trio ferido ainda chegou a
ser socorrido, mas morreu no hospital.
José Sílvio dos Santos Vieira, o
'Silveira', é acusado de ser mandante de execuções e traficante de drogas
Ataques - O policial
civil afirmou que as ações recentes cometidas pela quadrilha estão sendo
levantadas. Segundo ele, há indicativos de que o bando tenha agido no Ceará,
neste ano. O investigador ressalta que 'Silveira' já chegou a figurar entre os
homens mais perigosos do Estado, e fez parte da lista dos mais procurados da
SSPDS, durante anos.
A última prisão dele tinha
acontecido no ano de 2012, no Parque Potira, em Caucaia. Apontado como mandante
de varias execuções, membros de associações criminosas e traficante de drogas,
o criminoso era foragido do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), de onde
escapou em 2010.
Além dele, Francisco Fábio da
Silva Aquino, o 'Fabinho da Pavuna'; e Francisco Márcio Teixeira Perdigão,
tidos, à epoca, entre os criminosos mais perigosos do Estado. 'Fabinho da
Pavuna' e 'Márcio Perdigão' acabaram sendo recapturados, em Santa Inês, no
Maranhão, em 2011, e apenas 'Silveira' permaneceu na condição de foragido até
2012.
Já Adriano da Silva, conhecido
como 'Macumbeiro', foi preso, no ano de 2015, em um laboratório de drogas,
localizado no Planalto Ayrton Senna. Na ocasião, ele afirmou aos policiais
civis que costumava praticar assaltos do tipo 'saidinha' bancária e atacava
instituições financeiras.
Em 2014, ele foi preso por
participar de um assalto à sede da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania
(AMC), ocorrido em 2013, em que várias pessoas foram feitas de reféns.
Francisco Adriano Martins da
Silva, o 'Macumbeiro', confessou, na última detenção, ser um assaltante
contumaz
Tráfico - Francinei Silva
se envolveu em diversos crimes, ultimamente. Dentre eles, ataques a prédios
públicos, assaltos a veículos que transportavam cargas dos Correios e ainda foi
apontado como suposto chefe do tráfico, no bairro Bom Jardim, por mais de uma
década. Na última vez que foi capturado, em 2015, 'Gangão' estava de posse de
um fuzil AK47, uma escopeta, duas pistolas e 260 munições.
Conforme a Polícia Civil, o
criminoso tinha ligações estreitas com a facção paulista Primeiro Comando da
Capital (PCC), que facilitaria o contrabando de armas, munições e drogas por
ele. 'Gangão' era considerado influente entre os outros criminosos locais e
teria arregimentado um bando grande, que incluía até pessoas da própria família.
Apesar de responder a uma lista
grande de processos e de ser acusado de crimes graves, Silva já estava nas
ruas. O fuzil apreendido com ele, avaliado em cerca de R$ 70 mil, foi doado
para a SSPDS no decorrer do processo a que respondia.
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