O sarampo continua sendo uma
ameaça para o Ceará. Mesmo sem ocorrências da doença desde 2015, quando chegou
ao fim o surto de dois anos registrado no Estado, mais de 30% dos municípios
cearenses apresentam risco alto ou muito alto para a reintrodução do vírus da
doença, conforme revela análise da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
De acordo com os dados, sete
cidades possuem risco considerado muito alto. São elas: Iguatu, Aracati,
Baturité, Fortim, Eusébio, Caucaia e Fortaleza. Outras 54 têm risco alto de
registrarem novos casos da doença no Ceará. Em situação de médio risco, 67 cidades,
e 56 possuem baixas chances de voltarem a ser afetadas pelo sarampo.
A análise leva em conta
indicadores relacionados à qualidade do programa de imunização e da vigilância
epidemiológica, como taxa de abandono entre as duas doses da vacina contra a infecção,
e características intrínsecas dos municípios, como densidade populacional e
presença de zonas vulneráveis. A estrutura organizacional para resposta na rede
de saúde pública também é avaliada a partir de dados sobre cobertura da
Estratégia de Saúde da Família e também dos Agentes Comunitários de Saúde.
De acordo com a Sesa, o Ceará foi
o único estado do País cuja cobertura vacinal contra o sarampo atingiu, no ano
passado, a meta de 95% estipulada pelo Ministério da Saúde. O grande alcance da
imunização garante maior proteção da população contra um novo surto. No
entanto, aspectos próprios de determinados municípios, a exemplo do nível de
urbanização e de adensamento populacional, são favoráveis à proliferação do
vírus.
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