Os pequenos produtores rurais do
Vale do Jaguaribe terão abastecimento de água da Barragem do Açude Castanhão
para fazer o plantio garantido até o fim da próxima quadra invernosa, garantiu,
nesta quinta-feira, 30, o diretor de operações da Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh), Bruno Rebouças.
Segundo Bruno Gonçalves, o Ceará
passa por uma severa crise hídrica deste 2012. Mesmo com as chuvas dentro da
média na quadra chuvosa deste ano, os açudes do Estado, em sua maioria, não
tiveram um aumento de suas reservas, caso do Castanhão, que hoje está com 450
milhões de metros cúbicos, o que equivale a apenas 6,7% de sua capacidade.
Assim, o diretor de operações da
Cogerh explica que é necessário que haja um controle maior, já que os
reservatórios não podem operar com grandes vazões, sobre o risco de entrarem no
volume morto.
Bruno ressalta, no entanto, que o
uso das águas da barragem do açude Castanhão está garantido aos pequenos
agricultores, desde que não haja inundação. Além disso, o diretor de operações
diz que a Cogerh atua ainda perfurando poços, mesmo em regiões próximas ao
açude.
Sobre outra polêmica reclamada
pelos produtores do Vale do Jaguaribe, que acusam a administração do açude de
liberar água do Castanhão para o Complexo Industrial do Pecém e indústrias da
Grande Fortaleza. Bruno Rebouças lembra que, historicamente, 70% do volume de
águas do Castanhão fica no Vale do Jaguaribe, enquanto outros 30% vão para a
Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), para complementar o abastecimento na
região.
Sobre o consumo das indústrias,
Rebouças disse que o consumo é pequeno – cerca de 10% do volume de água
repassado do Castanhão para a RMF –, e pontua que as companhias têm procurado
fontes alternativas para reduzir o consumo. O diretor da Cogerh afirmou ainda
que o órgão só cumpre o que é estabelecido pelo Conselho Estadual dos Recursos
Hídricos (CONERH).
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