A casa onde o casal morava, em
Magé
A principal linha de investigação
da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) sobre a morte do
policial militar Luiz Vital Gonçalez, de 43 anos, é de que a esposa do
sargento, também PM, tenha agido em legítima defesa. Tanto a mulher quanto o
filho do casal, de 17 anos, contaram à Polícia Civil que Luiz ameaçou a esposa
com uma arma, dando início a uma luta corporal que também envolveu o
adolescente. Para proteger a si mesma e ao rapaz, a mulher desferiu duas
facadas na barriga do sargento, que acabou não resistindo.
Luiz morreu na madrugada do
último domingo, na casa onde o casal vivia, em Magé, na Baixada Fluminense,
depois de — na versão da mulher e do filho — horas de agressões à esposa, que
teve até o cabelo cortado. Ao apresentar-se espontaneamente na DHBF para prestar
depoimento, na última segunda-feira, a mulher apresentava diversos hematomas.
Após ser ouvida, ela foi encaminhada para exame de corpo de delito.
De acordo com o relato dos dois,
no momento em que Luiz sacou uma pistola e partiu em direção à esposa, o
adolescente tentou impedir o sargento pelas costas, segurando a mão direita do
pai, contando com a ajuda também da mãe. O PM, contudo, conseguiu trocar a arma
de punho, caindo por cima do filho em seguida — momento em que um tiro chegou a
ser disparado em direção ao teto. Foi aí que, segundo os depoimentos, a mulher
correu para a cozinha e voltou com uma faca. Ela desferiu três golpes, mas o
primeiro atingiu o próprio rapaz na perna.
— Havia um histórico conturbado
de violência doméstica. Era uma relação marcada pelo ciúme e pelo comportamento
obsessivo da parte dele, algo que foi se agravando nos últimos meses — Segundo
a polícia Civil: — A tendência, até o momento, é que tenha havido, de fato, uma
legítima defesa.
O casal vivia junto em união
estável há 18 anos. Em 2010 a mulher chegou a procurar uma delegacia para fazer
um registro por violência doméstica contra o marido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário