Três militares foram assassinados
em ação criminosa na Vila Manoel Sátiro
Um relatório do Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável por investigar o triplo
homicídio contra os policiais militares, na última quinta-feira (23), aponta
que uma das vítimas, o subtenente Sanderley Cavalcante Sampaio, de 46 anos, já havia
sofrido ameaças de morte.
Nas diligências realizadas ainda
na data dos assassinatos, a Polícia Civil recebeu informações sigilosas que, há
cerca de um ano, o subtenente reagiu a um assalto e baleou uma suspeita, no
bairro Vila Manoel Sátiro - onde ele morava e foi morto na semana passada.
Depois do assalto, começaram as ameaças.
O documento revela que a
intimidação partia de dois homens, identificados como João Vitor, vulgo 'Biro',
morto em uma outra ocorrência; e Wesley Feitosa, o 'Gererê', recolhido em uma
unidade prisional estadual não especificada. "Após esses fatos, o
subtenente prestou um B.O. (Boletim de Ocorrência) de ameaça", relaciona o
relatório.
A investigação do DHPP trouxe
ainda que os filhos do subtenente também vinham sendo ameaçados. Os avisos
partiam inclusive de um jovem de apelido 'Luquinha'. Este é Lucas Oliveira da
Silva, preso no último dia 23 de agosto, por suspeita de participar do
assassinato dos militares, horas antes.
Único alvo - De acordo
com a Especializada, quando a notícia das execuções se espalhou entre a
vizinhança, muitos agentes de segurança compareceram ao local espontaneamente e
contaram que o subtenente Cavalcante seria o único alvo da ação criminosa.
Família nega - Familiares
negaram conhecimento de que o PM sofria ameaças.
A Perícia Forense do Ceará
(Pefoce) antecipou que Cavalcante foi executado com um tiro na cabeça. As
outras vítimas do crime, o sargento José Augusto de Lima e o tenente Antônio Cezar
Oliveira Gomes, ambos da Reserva Remunerada da Polícia Militar do Ceará (PMCE),
foram alvejados mais vezes. Conforme a investigação, o sargento Augusto ainda
tentou fugir dos assassinos e, por isso, era o corpo que tinha mais lesões.
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