quarta-feira, 29 de agosto de 2018

TRIPLO HOMICÍDIO - Policial militar assassinado havia registrado boletim de ocorrência por ameaça de morte

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Três militares foram assassinados em ação criminosa na Vila Manoel Sátiro

Um relatório do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável por investigar o triplo homicídio contra os policiais militares, na última quinta-feira (23), aponta que uma das vítimas, o subtenente Sanderley Cavalcante Sampaio, de 46 anos, já havia sofrido ameaças de morte.
Nas diligências realizadas ainda na data dos assassinatos, a Polícia Civil recebeu informações sigilosas que, há cerca de um ano, o subtenente reagiu a um assalto e baleou uma suspeita, no bairro Vila Manoel Sátiro - onde ele morava e foi morto na semana passada. Depois do assalto, começaram as ameaças.
O documento revela que a intimidação partia de dois homens, identificados como João Vitor, vulgo 'Biro', morto em uma outra ocorrência; e Wesley Feitosa, o 'Gererê', recolhido em uma unidade prisional estadual não especificada. "Após esses fatos, o subtenente prestou um B.O. (Boletim de Ocorrência) de ameaça", relaciona o relatório.
A investigação do DHPP trouxe ainda que os filhos do subtenente também vinham sendo ameaçados. Os avisos partiam inclusive de um jovem de apelido 'Luquinha'. Este é Lucas Oliveira da Silva, preso no último dia 23 de agosto, por suspeita de participar do assassinato dos militares, horas antes.

Único alvo - De acordo com a Especializada, quando a notícia das execuções se espalhou entre a vizinhança, muitos agentes de segurança compareceram ao local espontaneamente e contaram que o subtenente Cavalcante seria o único alvo da ação criminosa.

Família nega - Familiares negaram conhecimento de que o PM sofria ameaças.
A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) antecipou que Cavalcante foi executado com um tiro na cabeça. As outras vítimas do crime, o sargento José Augusto de Lima e o tenente Antônio Cezar Oliveira Gomes, ambos da Reserva Remunerada da Polícia Militar do Ceará (PMCE), foram alvejados mais vezes. Conforme a investigação, o sargento Augusto ainda tentou fugir dos assassinos e, por isso, era o corpo que tinha mais lesões.

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