A insegurança no Ceará deixa a
população em alerta
Mais de 3 mil assassinatos foram
registrados este ano no Ceará. A estatística está relacionada à atuação do crime
organizado. Um fenômeno que, além de apavorar Fortaleza, é visto em pequenas
cidades e localidades do interior do estado.
As pichações nos muros, que se
tornaram comuns na Região Metropolitana, indicam a presença de facções, e hoje
tomam conta de pequenas comunidades do estado.
A rivalidade dentro e fora dos
presídios e as disputas pelo controle do narcotráfico marcam essa realidade em
todo o estado. No início do ano, Fortaleza registrou a maior chacina da
história do Ceará. O caso ficou conhecido como Chacina das Cajazeiras. O crime
foi motivado por guerra entre duas organizações e não custou a ter consequências
longe da capital.
No dia 29 de janeiro, dois dias
após a maior chacina que vitimou 14 pessoas na capital, um conflito entre
facções criminosas resultou na morte de 10 presidiários e 6 saíram feridos na
cadeia pública de Itapajé.
Prisão de Lideres –n Menos
de um mês após grandes casos envolvendo as facções Guardiões do Estado e
Comando Vermelho, dois membros da cúpula nacional de outra organização
criminosa foram encontrados mortos no Ceará. Rogério Jeremias de Simone, o Gegê
do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, eram líderes do Primeiro Comando da
Capital, o PCC de São Paulo.
Os líderes entraram para uma
estatística que amedronta a população. Este ano, de janeiro a agosto, o Ceará
registrou 3.110 assassinatos. O crime aconteceu em uma pequena reserva indígena
na Região Metropolitana.
Crimes no interior - Diferente
do que possa parecer, os crimes ocorridos no interior também têm consequências
na capital. Em julho, Fortaleza sofreu com uma onda de ataques a ônibus e
prédios públicos que durou quase uma semana. A violência começou após uma
operação policial em Amontada, que terminou com a morte de três homens acusados
de assaltos a um banco. A ação teria sido ordenada de dentro do presídio.
As agências bancárias são os
alvos de ataques mais comuns no interior do estado. Hoje, 750 mil cearenses
estão sem acesso a serviços bancários após ataques e explosões de agências e 38
municípios estão com dificuldades nos atendimentos.
Somente em 2018, foram 30 ataques
a bancos no Ceará. Um mês após a operação policial em Amontada, já em agosto, a
cidade teve duas agências atacadas em uma única ação. Os moradores da região
precisam se deslocar para outros municípios quando necessitam de serviço
bancários.
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