sábado, 22 de setembro de 2018

Facções se espalham pelo interior do Ceará e assustam moradores com aumento da violência

A insegurança no Ceará deixa a população em alerta

Mais de 3 mil assassinatos foram registrados este ano no Ceará. A estatística está relacionada à atuação do crime organizado. Um fenômeno que, além de apavorar Fortaleza, é visto em pequenas cidades e localidades do interior do estado.
As pichações nos muros, que se tornaram comuns na Região Metropolitana, indicam a presença de facções, e hoje tomam conta de pequenas comunidades do estado.
A rivalidade dentro e fora dos presídios e as disputas pelo controle do narcotráfico marcam essa realidade em todo o estado. No início do ano, Fortaleza registrou a maior chacina da história do Ceará. O caso ficou conhecido como Chacina das Cajazeiras. O crime foi motivado por guerra entre duas organizações e não custou a ter consequências longe da capital.
No dia 29 de janeiro, dois dias após a maior chacina que vitimou 14 pessoas na capital, um conflito entre facções criminosas resultou na morte de 10 presidiários e 6 saíram feridos na cadeia pública de Itapajé.

Prisão de Lideres –n Menos de um mês após grandes casos envolvendo as facções Guardiões do Estado e Comando Vermelho, dois membros da cúpula nacional de outra organização criminosa foram encontrados mortos no Ceará. Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, eram líderes do Primeiro Comando da Capital, o PCC de São Paulo.
Os líderes entraram para uma estatística que amedronta a população. Este ano, de janeiro a agosto, o Ceará registrou 3.110 assassinatos. O crime aconteceu em uma pequena reserva indígena na Região Metropolitana.

Crimes no interior - Diferente do que possa parecer, os crimes ocorridos no interior também têm consequências na capital. Em julho, Fortaleza sofreu com uma onda de ataques a ônibus e prédios públicos que durou quase uma semana. A violência começou após uma operação policial em Amontada, que terminou com a morte de três homens acusados de assaltos a um banco. A ação teria sido ordenada de dentro do presídio.
As agências bancárias são os alvos de ataques mais comuns no interior do estado. Hoje, 750 mil cearenses estão sem acesso a serviços bancários após ataques e explosões de agências e 38 municípios estão com dificuldades nos atendimentos.
Somente em 2018, foram 30 ataques a bancos no Ceará. Um mês após a operação policial em Amontada, já em agosto, a cidade teve duas agências atacadas em uma única ação. Os moradores da região precisam se deslocar para outros municípios quando necessitam de serviço bancários.

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