A violência armada contra a
mulher se expande em todas as regiões do Ceará
322 mulheres já foram
assassinadas no Ceará em 2018. O ano pode fechar com mais de 400 vítimas. Os
crimes do gênero parecem ter sido “turbinados” pela guerra travada entre as
facções criminosas que dominam o estado a partir do Sistema Penitenciário. Mas,
além das execuções sumárias decretadas pelos traficantes dessas organizações,
há também diversos casos de feminicídios, mulheres que acabaram pagando com a
própria vida a intolerância, o ciúme descontrolado e o machismo de seus
ex-companheiros, ex-namorados ou mesmo maridos.
Somente nesta semana, ao menos,
dois casos chamaram a atenção das autoridades. Em dois Municípios do interior
cearense a história se repetiu: o ex-marido matou a ex-companheira e logo
depois praticou o suicídio. Os casos aconteceram em Cedro e em Brejo Santo.
No Brasil, uma mulher é assassinada a cada hora. E, por conta disso, já
tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que visa tornar mais duras as
penas para aqueles que cometem feminicídios. A lei deverá ser alterada para
tornar mais rígida a punição para os assassinos que praticarem o crime contra
mulheres menores de 14 anos e maiores de 60 anos. Também vai atingir aqueles
que praticam os assassinatos na presença de parentes ascendentes ou
descendentes e cujas vítimas são portadores de distúrbios mentais ou outras
doenças graves.
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