O Ministério Público do Estado do
Rio de Janeiro (MPRJ) conseguiu decisão judicial favorável à denúncia
apresentada em 2014 contra o tenente-coronel da Polícia Militar Dayzer Corpas
Maciel, ex-comandante do 17º BPM (Ilha do Governador), e de outros 11 oficiais
acusados dos crimes de roubo qualificado e extorsão mediante sequestro.
Em sua sentença, publicada na última
segunda-feira (24), a juíza titular da Auditoria Militar, Ana Paula Monte
Figueiredo Pena Barros, condenou Corpas a 20 anos de prisão e os outros
acusados a penas que variam de 24 anos e um mês a 11 anos e cinco meses de prisão.
De acordo com a denúncia,
elaborada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO)
e pela Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar, no dia 16 de março de
2014, na Estrada do Galeão, Ilha do Governador, sete oficiais da PM, no
exercício de suas funções e de comum acordo com o comandante do 17º BPM e
outros oito oficiais, extorquiram traficantes do Morro do Dendê e Senador
Camará, mediante sequestro de dois traficantes pertencentes a uma facção
criminosa.
Na ocasião, os denunciados
abordaram um veículo com cinco traficantes armados com quatro fuzis AK-47,
diversas pistolas e granadas. Os PMs receberam da facção R$ 300 mil para
liberar dois dos traficantes detidos. Os policiais ainda se apropriaram de três
dos fuzis apreendidos e, posteriormente, os revenderam a traficantes da mesma
organização criminosa.
Em sua decisão, a magistrada diz
que, além do ex-comandante, os oficiais Vitor Mendes da Encarnação, Rogério
Veiga, Francisco Zilvano Souza Fonteles, Honorato José da Silva, Saint'Clair de
Araujo da Silva, Marco Andre Lopes da Silva, Erickson Barros Pieroni, Roosevelt
de Guimarães Carvalho Júnior, Alexandre Peres Querino, Saelton Lucio de
Medeiros e Henrique dos Anjos Henaut infringiram o Código Penal Militar e, por
isso, devem cumprir pena de reclusão em regime fechado. Quatro dos denunciados
foram absolvidos.
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