O gado sai à procura de água e de
pasto para sobreviver - Essa é uma cena comum no segundo semestre no sertão
cearense
Nesta época do ano, com o tempo
cada vez mais quente e seco, o rebanho bovino sofre com a falta de pastagem
nativa e de água no sertão. Os criadores enfrentam desde 2012 dificuldades para
manter os animais. O gado está magro. Quem buscou alternativas como formação de
silos para segurança alimentar e reduziu o número de animais ainda se mantém na
atividade, mas o quadro é de dificuldades.
A partir de junho, no sertão do
Ceará, as chuvas ficam escassas até a chegada da pré-estação (dezembro e
janeiro) que pode favorecer a formação da pastagem nativa (capim) para
alimentar o rebanho. Até lá, é preciso, entretanto, fazer a travessia. Quem
percorre rodovias no sertão cearense observa os animais nas roças secas, quase
sem mato, lambendo terra e pedras à procura de gramíneas.
Nos Inhamuns, em Tauá e Arneiroz,
por exemplo, o rebanho sofre com a falta de alimentação.
Os criadores alegam falta de
condições financeiras para comprar ração e capim para alimentar o rebanho. Alguns
produtores levam os animais para pastar nas margens da rodovia.
De acordo com relato dos
vaqueiros e dos próprios criadores, nos últimos sete anos houve morte e venda
de animais mediante as dificuldades para alimentar o rebanho.
Os produtores rurais mostram-se
preocupados com os anúncios de que 2019 será mais um ano com chuvas abaixo da
média histórica, de fevereiro a maio.
Tecnologias - Somente uma
parte dos criadores investe em tecnologias alternativas de alimentação do
rebanho, priorizando a formação de silos (armazenamento de capim ou de sorgo
forrageiro) para ser usado no período de escassez.
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