Nas redes sociais foi publicada a
foto do homem com a arma em punho na BR
Já está identificado o homem que
disparou tiros contra manifestantes na BR-116, em Itaitinga, na Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF), na manhã da última terça-feira (16). O
incidente aconteceu no momento em que dezenas de mulheres de detentos faziam um
protesto bloqueando a rodovia em frente ao principal portão de acesso ao Complexo
Penitenciário de Itaitinga.
O atirador seria um PM da Reserva
Remunerada (RR) e, por conta disso, o caso deve ser também apurado pela
Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema
Penitenciário (CGDOSPSP).
Detido por policiais militares, o
atirador foi levado para a Delegacia da Polícia Civil de Itaitinga, porém,
inexplicavelmente, liberado logo a seguir.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em
nota oficial sofre o episódio, o auto de prisão não foi lavrado “por não
existir elementos circunstanciais para a lavratura do flagrante”. Além disso, a
arma que o atirador utilizou para efetuar os disparos não foi também
apresentada na delegacia.
Na mesma nota, a SSPDS informa
que, ao prestar esclarecimentos sobre o fato, o atirador teria dito que usou um
simulacro, isto é, uma arma de brinquedo. No entanto, vídeos postados nas redes
sociais mostram que os disparos com arma real causou um tumulto no local, com
as mulheres em desespero para escapar dos tiros. Outro vídeo mostra o momento
da prisão do suspeito.
Com base nas informações, a
Controladoria Geral de Disciplina deve apurar a razão pela qual o atirador não
foi atuado em flagrante, e sequer submetido a exame residuográfico, através do
qual é constatado se o examinado fez disparos com arma de fogo.
Incidente - Na manhã de
terça-feira passada, dezenas de mulheres bloquearam uma das pistas da BR-116
(sentido Capital-Sertão) para protestar diante das condições em que se
encontram centenas de presos confinados nas cinco Casas de Privação Provisória
da Liberdade (CPPLs) que formam o Complexo Penitenciário de Itaitinga.
O protesto ocorreu horas após a
Polícia Militar e o Grupo de Apoio Penitenciário (GAP) controlar um motim nas
dependências da Unidade Prisional José Sobreira Amorim. A Polícia Rodoviária
Federal (PRF) pediu o apoio da PM para o desbloqueio da pista, o que gerou um
tumulto. Os militares usaram bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta
(artefatos não-letais) para dispersar os manifestantes.
Três dias antes do incidente na
BR-116, um crime de estupro contra uma menina de 11 anos foi registrado durante
a vista aos presos na CPPL 5, também no Complexo Penitenciário de Itaitinga.
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