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Paraibano Patrick
Nogueira é considerado culpado por assassinatos na Espanha
A Justiça espanhola condenou à
prisão perpétua o brasileiro François Patrick Nogueira Gouveia, que admitiu ter
matado dois tios e dois primos em 2016 na cidade de Pioz. A sentença foi lida
nesta quinta-feira (15), no tribunal de Guadalajara.
Patrick está detido desde 2016,
quando se entregou às autoridades e confessou ter assassinado e esquartejado os
tios Janaína Américo, de 40 anos; Marcos Campos Nogueira, de 39 anos; e os
filhos do casal, de 1 e 4 anos de idade. No início de novembro, ele foi considerado
culpado por um júri popular, mas a pena ainda não havia sido estabelecida.
A prisão perpétua é a punição
mais grave existente na Espanha, e pode ser revista a cada 25 anos. Patrick foi
condenado à pena três vezes: pelas mortes dos primos e de Marcos. Pelo
assassinato de Janaína, a punição é de 25 de anos prisão, segundo o jornal
espanhol "El Mundo".
Júri popular - O
julgamento ocorreu entre 24 e 31 de outubro. Mais de 65 pessoas prestaram
depoimento no júri, entre eles familiares do assassino e das vítimas, policiais
que trabalharam na investigação do crime e médicos e psicólogos forenses.
O júri declarou que Patrick
Nogueira matou os tios e primos com intencionalidade, sem considerar qualquer
defesa.
Tanto o Ministério Público
espanhol como a acusação particular tinham pedido a prisão perpétua revisável.
A defesa de Patrick Nogueira, por sua vez, pediu a reclusão do réu por 25 anos
alegando danos cerebrais que o colocavam em condição de doente.
No último dia de julgamento,
Patrick Nogueira pediu perdão aos familiares e disse que sofre como eles.
Chacina de Pioz, na Espanha
- Janaína Américo, Marcos Campos Nogueira e os filhos do casal, de 1 e 4 anos,
foram encontrados mortos e esquartejados em um chalé na cidade espanhola de
Pioz em 18 de setembro de 2016, cerca de um mês após o crime.
Patrick Gouveia, sobrinho de
Marcos, se entregou à polícia da Espanha e confessou o crime em 19 de outubro. As
urnas com as cinzas da família chegaram em João Pessoa em 10 de janeiro de
2017, quatro meses depois, quando as vítimas foram enterradas.
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