Os jornais impressos foram
barrados da primeira coletiva do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na
tarde desta quinta-feira, 1º, em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de
Janeiro. Em uma lista regulada por uma policial federal na porta do condomínio,
Bolsonaro só permitiu que emissoras de TV (menos a TV Brasil), algumas rádios e
dois sites entrassem. O Estado, a Folha de S. Paulo, O Globo e as
agências internacionais não puderam passar da guarita do condomínio.
O credenciamento foi feito pelo
assessor Tercio Arnaud Tomaz, funcionário da campanha de Bolsonaro, mas lotado
no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), na Câmara do Rio, com o salário
de R$ 3.641. Carlos está licenciado do parlamento desde agosto deste ano. Por
mensagens pelo Whatsapp, Tercio respondeu aos jornalistas dos veículos barrados
que eles não poderiam entrar "por questões de espaço". Pelo menos 20
repórteres e suas equipes entraram no local. Bolsonaro tem usado sua casa para
receber grupos de parlamentares e apoiadores.
Quando jornalistas que
participaram da coletiva lhe perguntaram por que alguns veículos tinham sido
barrados, Bolsonaro respondeu que "não sei quem marcou isso
(coletiva)" e que não mandou restringir ninguém. Desde o episódio
da facada, Bolsonaro não tem concedido entrevistas a jornais impressos e
privilegiado meios eletrônicos, como emissoras de televisão e rádio.
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