
Em primeiro plano, a pirara
fisgada no Rio Madeira
Acostumado a ver peixe de todo tipo e tamanho na Manaus Moderna, como é
chamado o mercado de peixes de Manaus, o peixeiro Gilberto Cabral de Andrade
levou um susto quando abriu um aplicativo de mensagens no celular no último
domingo (16).
Recebeu, de um primo que mora na cidade de Carauari, a 6 dias de barco
da capital do Amazonas, a imagem de uma pirarara pescada com cerca de 1,50 m e
80 quilos.
“É muito raro achar uma pirarara com esse tamanho”, diz Gilberto, mais
habituado a tambaquis, piranhas e aos imensos pirarucus que costuma limpar e
vender no mercado.
“Na Moderna recebemos pirararas pequenas. Quando chegam, têm cinco,
seis quilos no máximo”.
O peixe da foto foi pescado na semana passada no rio Madeira, afluente
do rio Solimões ou Amazonas. A pesca, com linha e anzol, é um desafio para os
pescadores. Quando fisgado, o peixe arrasta barcos e canoas para as margens.
A pirarara é um dos peixes grandes da Amazônia, podendo chegar a 1,50 e
a atingir mais de 50 quilos, exatamente como o pescado pelo primo de Gilberto.
A espécie é nativa da região Norte, com incidência nas bacias dos rios Araguaia,
Tocantins e Amazonas.
O peixe de água doce é onívoro, comendo inclusive peixes menores. A
espécie vive no fundo dos rios e tem hábitos noturnos, ocupando também várzeas
e igarapés e chegando a alcançar as cabeceiras do rio Amazonas.
E o que foi feito do peixe pescado pelo primo de Gilbert... “Ele só pode ter comido. O filé de pirarara
é muito apreciado”. Haja filé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário