Identificação de PM enviada em
grupo de traficantes
As investigações da Polícia Civil de São Paulo apontam que um dos
mortos na suposta troca de tiros entre criminosos e policiais após assalto
milionário em Bacabal, cidade maranhanse, também estaria envolvido na morte da
PM Juliane dos Santos Duarte, em Paraisópolis, zonal sul de São Paulo, no mês
de agosto.
Segundo o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), o homem
identificado com apelido de Batata, morto em Bacabal, seria um dos denunciados
nesta terça-feira (18), juntamente com outros quatro suspeitos de terem participado
da morte da policial.
Segundo o 1º Tribunal do Júri de São Paulo, Batata fazia parte da
facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), responsável pelo assalto
cinematográfico que invadiu a cidade maranhense para roubar banco, além de ter
queimado carros dentro de delegacia e perseguir policiais.
Durante a ação, três supostos integrantes da quadrilha foram mortos: um
deles era Batata. A polícia do Maranhão também prendeu sete suspeitos por
possível envolvimento no assalto, entre eles, um policial militar do Piauí.
De acordo com as investigações da Polícia Civil paulista, Batata
participava de um grupo no WhatsApp integrado por supostos traficantes da
região de Paraisópolis, onde a PM foi morta. Os integrantes do grupo conversaram
sobre o sequestro, assassinato e abandono do corpo da policial.
A polícia chegou ao nome de Batata como envolvido no crime porque ele
mandou uma mensagem para os demais supostos traficantes falando sobre uma das
testemunhas protegidas no caso. Conforme as investigações, enviou uma foto da
testemunha e disse que ela era “aquela ex mina do Tufão [outro envolvido na
morte da PM]”.
A mesma mensagem afirmava que o denunciado identificado como Tufão já
teria dado “um cacete nela”. Em depoimento para a Polícia Civil, a testemunha
confirmou ter namorado com o homem e apanhado dele, o que teria atestado a
veracidade das informações nas mensagens, segundo o MP-SP.
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