Os levantamentos sobre os
estragos ocasionados a subestação ainda não foram realizados
Criminosos detonaram uma bomba em uma subestação da Enel, distribuidora
de energia do Ceará, na madrugada desta terça-feira (22), e incendiaram uma
creche na noite desta segunda-feira (21), no município de Caucaia, na Região
Metropolitana da capital. Não há registro de pessoas feridas nestes ataques. A
violência no estado chegou ao 21º dia seguido.
Desde o dia 2 de janeiro, quando começaram as ações criminosas,
ocorreram 228 ataques contra ônibus, carros, prédios públicos, prefeituras e
comércios em 48 dos 184 municípios cearenses. As ações começaram em Fortaleza e
se espalharam para a Região Metropolitana e diversas cidades do interior. A
Secretaria da Segurança Pública do Ceará confirmou que 404 pessoas já foram
detidas por envolvimento nas ações criminosas.
Para tentar conter os ataques, o governo estadual convocou 1.200
policiais militares da reserva para reforçar a segurança nas ruas. O Ministério
da Justiça enviou agentes da Força Nacional e reforço da Polícia Rodoviária
Federal para o estado. Policiais militares e agentes penitenciários de outros
estados brasileiros também foram deslocados ao Ceará após o início dos crimes.
Entenda o que está acontecendo no Ceará
O governo criou a secretaria de Administração Penitenciária e iniciou
uma série de ações para combater o crime dentro dos presídios. O novo
secretário, Mauro Albuquerque, coordenou a apreensão de celulares, drogas e
armas em celas. Também disse que não reconhecia facções e que o estado iria
parar de dividir presos conforme a filiação a grupos criminosos.
Criminosos começaram a atacar ônibus e prédios públicos e privados. As
ações começaram na Região Metropolitana e se espalharam pelo interior.
O governo pediu apoio da Força Nacional. O ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas; 406 agentes da
Força Nacional reforçam a segurança no estado.
A população de Fortaleza e da Região Metropolitana sofre com
interrupções no transporte público, com a falta de coleta de lixo e com o
fechamento do comércio.
A onda de violência afastou turistas e fez a ocupação hoteleira no
estado cair.
35 membros de facções criminosas foram transferidos do Ceará para
presídios federais desde o início dos ataques, segundo o último balanço do
Ministério da Justiça.
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