terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Creche e estação de energia são incendiadas por criminosos no 21º dia de ataques do Ceará

Os levantamentos sobre os estragos ocasionados a subestação ainda não foram realizados — Foto: Rafaela Duarte/Sistema Verdes Mares
Os levantamentos sobre os estragos ocasionados a subestação ainda não foram realizados

Criminosos detonaram uma bomba em uma subestação da Enel, distribuidora de energia do Ceará, na madrugada desta terça-feira (22), e incendiaram uma creche na noite desta segunda-feira (21), no município de Caucaia, na Região Metropolitana da capital. Não há registro de pessoas feridas nestes ataques. A violência no estado chegou ao 21º dia seguido.
Desde o dia 2 de janeiro, quando começaram as ações criminosas, ocorreram 228 ataques contra ônibus, carros, prédios públicos, prefeituras e comércios em 48 dos 184 municípios cearenses. As ações começaram em Fortaleza e se espalharam para a Região Metropolitana e diversas cidades do interior. A Secretaria da Segurança Pública do Ceará confirmou que 404 pessoas já foram detidas por envolvimento nas ações criminosas.
Para tentar conter os ataques, o governo estadual convocou 1.200 policiais militares da reserva para reforçar a segurança nas ruas. O Ministério da Justiça enviou agentes da Força Nacional e reforço da Polícia Rodoviária Federal para o estado. Policiais militares e agentes penitenciários de outros estados brasileiros também foram deslocados ao Ceará após o início dos crimes.
Entenda o que está acontecendo no Ceará

O governo criou a secretaria de Administração Penitenciária e iniciou uma série de ações para combater o crime dentro dos presídios. O novo secretário, Mauro Albuquerque, coordenou a apreensão de celulares, drogas e armas em celas. Também disse que não reconhecia facções e que o estado iria parar de dividir presos conforme a filiação a grupos criminosos.
Criminosos começaram a atacar ônibus e prédios públicos e privados. As ações começaram na Região Metropolitana e se espalharam pelo interior.
O governo pediu apoio da Força Nacional. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas; 406 agentes da Força Nacional reforçam a segurança no estado.
A população de Fortaleza e da Região Metropolitana sofre com interrupções no transporte público, com a falta de coleta de lixo e com o fechamento do comércio.
A onda de violência afastou turistas e fez a ocupação hoteleira no estado cair.
35 membros de facções criminosas foram transferidos do Ceará para presídios federais desde o início dos ataques, segundo o último balanço do Ministério da Justiça.

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