Há quase oito dias, uma família cearense é obrigada a se dividir em
dois sentimentos: o luto pela morte de Antônio Flávio Moura da Cruz, ferreiro
assassinado no município de Caldas Novas, Goiás; e a força e determinação
necessárias para trazer o parente de volta até sua cidade natal: Apuiarés, no
Ceará.
De origem humilde, a família não teve condições para o translado do
corpo de imediato, e desde então tenta conseguir ajuda para juntar R$ 8 mil,
valor cobrado por uma funerária local para realizar o serviço.
A ajuda recebida até o momento com amigos e demais parentes foi o
suficiente para conseguir R$ 5 mil, mas a peregrinação para angariar os R$ 3
mil restantes continua, em visita a entidades e órgãos governamentais de Fortaleza.
Depois de passar somente na sexta-feira (18), sem sucesso, pela
Ouvidoria dos Direitos Humanos, Defensoria Pública do Estado, Casa Civil do
Estado do Ceará e Secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, a família
tentará ajuda no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) da Capital.
A maior receio da família, é que o Instituto Médico Legal (IML) de
Caldas Novas tem o prazo de um mês para ficar com corpo, antes deste ser
entregue à assistência social para ser sepultado no município.
Crime - Antônio Flávio trabalhava construindo casas
e foi morto a facadas no sábado (12), no seu próprio local de trabalho. Outra
apreensão dos parentes, diz respeito falta de notícias sobre o crime, uma vez
que a Polícia Civil do Estado de Goiás não repassa informações até que o corpo
chegue no Ceará e a família registre um Boletim de Ocorrências.
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