O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode mais receber visitas
de Fernando Haddad em qualquer dia da semana, nem mais receber visitas de líderes
religiosos toda tarde de segunda-feira, em sua cela especial na sede da Polícia
Federal, em Curitiba.
Em decisão na última sexta-feira, 25, a juíza federal Carolina
Lebbos Moura endureceu as condições do ex-presidente no cárcere. O petista está
preso desde 7 de abril de 2018, no berço da Operação Lava Jato, condenado a 12
anos e um mês de prisão.
Responsável pela execução da pena de Lula, a juíza substituta da 12.ª
Vara Federal, acolheu parecer do Ministério Público Federal (MPF) e caçou os
dois "benefícios" que o petista gozava na prisão. Ela cancelou o
direito especial para que Haddad fosse nomeado como defensor jurídico do
ex-presidente - o ex-prefeito de São Paulo é bacharel em Direito - e ainda
determinou que as visitas todas as segundas-feiras fossem suspensas. Agora, o
petista terá direito a uma visita religiosa por mês, como os demais
encarcerados que estão na PF.
A juíza registra que a "procuração outorgada a Fernando
Haddad" data de 3 de julho de 2018 e confere poderes "amplos para
atuação em juízo ou fora dele (extensão)" do ex-prefeito de São Paulo
"especialmente para a adoção das medidas necessárias para assegurar os
direitos do outorgante na condição de pré-candidato à Presidência (finalidade)".
E que a decisão desta sexta-feira "se restringe à
impossibilidade" de Fernando Haddad de visitar Lula "na qualidade de
procurador" - o que lhe permitia ir até a carceragem todos os dias úteis
da semana.
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