A atriz Bibi Ferreira, considerada a maior diva dos musicais
brasileiros, morreu aos 96 anos na tarde desta quarta-feira (13), após sofrer
uma parada cardíaca em casa, no Rio de Janeiro. A atriz deverá ser cremada.
Conforme a família, a artista morreu no início da tarde em seu
apartamento no bairro Flamengo, na capital fluminense. Mais cedo, ela havia
reclamado de falta de ar e, em seguida, a família constatou o óbito por volta
das 13 horas.
Um dos maiores fenômenos artísticos do País, Bibi Ferreira trabalhou
até setembro de 2018, quando anunciou que encerraria a carreira artística. Em
comunicado, a atriz disse que se aposentaria para preservar a saúde após três
internações sucessivas. Disse ainda que não estaria disponível para entrevistas
presenciais, por e-mail ou telefone.
Antes de se despedir dos palcos, a atriz se apresentou em Fortaleza, em
março de 2017, com o show “4xBibi”, no qual comemorou 75 anos de carreira.
Filha de um dos maiores nomes das artes cênicas do Brasil, Procópio
Ferreira, ela sempre teve a carreira atrelada ao teatro, mas também se mostrou
versátil ao atuar também como cantora e apresentadora de TV.
Nascida Abigail Izquierdo Ferreira e conhecida nacionalmente pelo
apelido que ganhou ainda na infância, Bibi deixou sua marca na interpretação de
musicais brasileiros. Ainda na década de 1960, ela se destacou com dois dos
musicais mais marcantes da carreira – “Minha querida dama”, ao lado de Paulo
Autran e Jayme Costa, e “Alô, Dolly”, com Hilton Prado e Lísia Demoro.
Em 1975, ela recebeu o Prêmio Molière pela interpretação da personagem
Joana, de “Gota d’água”, de Paulo Pontes e Chico Buarque, em adaptação que
ambientava a tragédia “Medeia”, de Eurípedes, nos morros cariocas.
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