Moradores formaram barricadas de
pneus e colocaram fogo
Cerca de 500 pessoas bloquearam a CE-293, no distrito de Jamacaru, em
Missão Velha, formando barricadas com pneus em chamas, na manhã desta
quinta-feira (28). A manifestação, que começou a partir das 5h, foi motivada
pelas péssimas condições que se encontra a estrada que dá acesso aos sítios Pau
D’Arco e Olho D’Água de Fora. Os moradores acreditam que sua inviabilidade foi
causada pelas obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC).
Os manifestantes impediram a passagem de veículos nos dois sentidos da
rodovia, em frente ao canteiro de obras da empresa S/A Paulista de Construções
e Comércio, responsável pela etapa do CAC que atinge aquela localidade. A
Polícia Militar foi ao local e as pessoas acabaram se dispersando. O bloqueio
durou cinco horas.
Segundo os manifestantes, há pelo menos três dias, se formou uma alta
camada de lama na estrada, que fica vizinha ao canal do CAC, após o excesso de
água escorrer da estrutura.
Cerca de 500 manifestantes
protestaram contra condições da estrada
Isso não é a primeira vez que os moradores daquelas localidades
reclamam das obras do CAC. Na última ocasião, a população cobrou que diminuíssem
a poeira provocada pelas máquinas na estrada. A empresa responsável
disponibilizou caminhões pipas para minimizar este transtorno.
A Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará (SRH) enviou técnicos para
averiguar a situação. Através de sua assessoria, informou que mediou uma
conversa entre a S/A Paulista e os moradores. Apesar de não confirmar que os
estragos foram causados pela obra, a empresa se comprometeu em fazer o reparo
do trecho de aproximadamente 1 km.
Uma comissão foi formada pelos moradores e agendou uma reunião para a
próxima quarta-feira (03) com a própria empresa.
Lá, estão sendo realizadas as obras do Lote 02 do CAC, que tem avanço
físico de mais 90%. Esta etapa faz parte do Trecho 01, que vai de Jati a Nova
Olinda. Seu objetivo é perenizar os rios e garantir a segurança hídrica da
população cearense. Ali, passa o chamado “eixo emergencial”, que conduzirá as
águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) até o Açude
Castanhão, que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
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