O deputado estadual Agenor Neto usou a tribuna da Assembleia
Legislativa, na sessão plenária desta quarta-feira (27), para denunciar desvios
de finalidades no funcionamento dos consórcios públicos das Policlínicas e
Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).
Agenor Neto afirmou que ao invés de assistir a discussões sobre serviço
de atendimento das policlínicas, as escolhas de presidentes dos consórcios
estariam sendo norteadas por rateio de cargos e acordos políticos. "O que
eu sei é que o atual secretário de Saúde, Dr. Cabeto, já recebeu uma
determinação de não receber deputado, porque segundo ele, esses parlamentares
estariam levando negociatas para ocupação desses cargos, acordos esses que não
passam de maneira nenhuma pelo interesse público e tem trazido constrangimentos
ao Governador Camilo Santana e ao Secretário Nelson Martins , pois essas
atitudes não melhoram a vida daqueles que mais precisam", disse.
O deputado destacou que, recentemente, se reuniu com o secretário
executivo da Secretaria de Saúde do Estado, Marcos Gadelha, e, na oportunidade,
externou toda a sua preocupação no desvirtuamento que estaria ocorrendo nos
consórcios do estado do Ceará, e apontou algumas ideias para a formação da
diretoria desses consórcios, através de critérios técnicos. "Enquanto eu
pensava que depois daquela reunião, a coisa pudesse melhorar, piorou. O que nós
vimos foi que esse consórcio, Policlínica e CEO, que deveria salvar vidas, está
caminhando até para as vias de fato, em virtude do acirramento de tudo
isso", pontuou.
O deputado sugeriu a formação de uma comissão parlamentar para tratar
da situação e informou ainda que na próxima quarta-feira (03) será realizada na
comissão saúde uma audiência pública para debater o problema.
Agenor Neto foi aparteado pelos deputados João Jaime (DEM), Leonardo
Araújo (MDB), Júlio César (PPS - líder do Governo), Romeu Aldigueri (PDT) e
Patrícia Aguiar (PSD).
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