quinta-feira, 7 de março de 2019

REPERCUSSÃO NEGATIVA - Bolsonaro reage aos ataques por divulgar vídeo obsceno do Carnaval

Resultado de imagem para Bolsonaro reage aos ataques por divulgar vídeo obsceno do Carnaval
Bolsonaro também teve nesta quarta medidas questionadas por bispos no lançamento da campanha da Fraternidade

Passado o Carnaval, o presidente Jair Bolsonaro se volta para a batalha da busca de apoio político no Congresso Nacional para aprovar sua proposta de reforma da Previdência, carro-chefe de sua gestão, mas terá também de contornar dois focos de desgaste: a repercussão negativa causada pela postagem de um vídeo obsceno em sua conta no Twitter e as críticas de autoridades católicas durante o lançamento da Campanha da Fraternidade.
Ontem, o presidente publicou um vídeo no qual dois homens aparecem em atos obscenos diante de uma multidão, gravado durante o Carnaval, que gerou críticas na imprensa internacional.
Um texto do jornal americano "The New York Times" começou com um alerta: "O artigo que você está prestes a ler é sobre um vídeo com conteúdo sexual, o presidente da quarta maior democracia do mundo e as guerras culturais que agitam o Brasil".
O vídeo polêmico foi gravado no desfile do Blocu, em São Paulo, na última segunda.  Nesta quarta-feira à noite, Bolsonaro disse, por meio de nota, que não pretendia criticar o Carnaval de forma genérica.
"Não houve intenção de criticar o Carnaval de forma genérica, mas sim caracterizar uma distorção clara do espírito momesco, que simboliza a descontração, a ironia, a crítica saudável e a criatividade da nossa maior e mais democrática festa popular".
A discussão sobre o vídeo obsceno ocorreu no dia do lançamento da Campanha da Fraternidade de 2019. Membros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticaram publicamente as políticas de governo anunciadas por Bolsonaro, como a liberação da posse de armas de fogo. Para o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, o Governo Bolsonaro precisar rever algumas de suas decisões. "Nós temos preocupação, por exemplo, com a questão de armar a população".

Mourão evita comentar - O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, evitou comentar a polêmica do vídeo. "Não vou comentar o que eu não sei. Não sou ventríloquo do presidente".

Efeito em apoiadores - O jornal argentino La Nación destacou que mesmo seguidores de Bolsonaro criticaram a atitude. O jornal espanhol El País escreveu que as publicações deixaram seus compatriotas "envergonhados, indignados e atônitos".

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