Os acusados do assassinato do radialista Gleydson Carvalho, em Camocim,
no litoral oeste do Ceará, foram condenados na última quarta-feira (10). Thiago
Lemos da Silva recebeu 27 anos de reclusão por meio da decisão do juiz Mikhail
de Andrade Torres, da 1ª Vara da Comarca de Camocim. Outras duas mulheres
envolvidas diretamente no crime, Gisele Souza do Nascimento e Regina Rocha
Lopes, foram condenadas a 23 anos de prisão.
De acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE), Thiago Lemos foi
contratado para assassinar o radialista. O pistoleiro invadiu o estúdio da
Rádio Liberdade FM, local de trabalho da vítima, e executou Gleydson com três
tiros.
Segundo consta nos autos do processo, o crime foi contratado por João
Batista Pereira da Silva, tio do então prefeito de Camocim, e teria sido
motivado pela não aceitação de denúncias e críticas feitas por Gleydson em um
programa na rádio sobre supostas irregularidades no âmbito da gestão municipal.
O MPCE ainda informou que o radialista chegou a relatar que estava
recebendo ameaças de morte. Gisele Souza e Regina Lopes auxiliaram no apoio
logístico para que não fossem levantadas suspeitas sobre a fase de levantamento
do local mais adequado para execução da vítima e das rotas de fuga mais
exitosas após a consumação do homicídio.
Após o crime, Thiago Lemos da Silva se evadiu do local abandonando
armas de fogo que foram usadas na execução, documentos pessoais, bilhetes de
passagens, celulares, o valor de R$ 1.800,00 em espécie, além de outros objetos
pessoais.
Investigação - Na peça da denúncia, o promotor de Justiça
destacou que há fortes indícios de envolvimento de outras pessoas não
identificadas, sobretudo, no financiamento e formatação do plano de execução do
radialista.
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