A Arábia Saudita executou 37 de
seus cidadãos nesta terça-feira (23), condenados por "terrorismo",
uma rara execução em massa no reino. Um dos prisioneiros chegou a ser
crucificado, devido à “gravidade de seus crimes”, segundo a lei saudita.
As execuções desta terça-feira
(23) ocorreram em seis regiões: a capital Riad, as cidades sagradas de Meca e
Medina, a zona sunita de Al-Qassim (centro), a de Assir (sul) e a da Província
Oriental, onde a minoria xiita está concentrada, de acordo com o Ministério do
Interior da Arábia Saudita.
A Anistia Internacional denunciou
as mortes e disse em um comunicado que a maioria das vítimas eram xiitas.
11 dos executados foram
considerados culpados de espionagem em benefício do Irã e pelo menos outros 14
foram condenados por violência relacionada à sua participação em manifestações
na Província Oriental entre 2011 e 2012.
Um deles havia sido preso aos 16 anos,
quando era menor de idade. Essas execuções elevam para mais de 100 o número de
pessoas mortas na Arábia Saudita desde o começo do ano, segundo uma contagem baseada
em declarações oficiais.
De acordo com a Anistia
Internacional, o reino, seguindo uma versão rigorosa do Islã, está entre os
principais países que aplicam mais severamente a pena de morte do mundo.
Culpa e crucificação - As 37 pessoas executadas nesta terça-feira
foram consideradas culpadas de "adotar o pensamento terrorista
extremista" e "formar células terroristas", segundo o Ministério
do Interior em um comunicado divulgado pela agência oficial do SPA. Alguns
foram acusados de "rebelião confessional", um termo geralmente
usado por militantes xiitas.
As execuções geralmente ocorrem
por decapitação na Arábia Saudita. O Ministério do Interior, no entanto, disse
que uma das vítimas de terça-feira foi crucificada, um tratamento reservado
para os crimes mais graves.
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