sexta-feira, 31 de maio de 2019

Cinturão das Águas tem obras paralisadas no Cariri - Funcionários devem ser demitidos no próximo mês

Obras se arrastam desde 2013 e já custaram aos cofres públicos mais de R$1,2 bilhão

Com três trechos e seis ramais ao todo, as obras do CAC se arrastam desde 2013 e já custaram às contas públicas mais de R$ 1,2 bilhão — Foto: Antônio Rodrigues
Com três trechos e seis ramais ao todo, as obras do CAC se arrastam desde 2013

As obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que viabilizaria a chegada da vazão do Rio São Francisco ao Açude Castanhão, estão paralisadas. Sem repasse de recursos federais e com limitada capacidade de investimento do governo estadual, o CAC era uma das saídas para amenizar os efeitos da seca no Estado. Há operários que já receberam aviso prévio e podem ser demitidos daqui a menos de um mês.
Apesar de o Governo do Estado já ter realizado três operações de crédito, os recursos ainda não possibilitaram sequer a conclusão do trecho localizado no Cariri, no sul do Estado. Com três trechos e seis ramais ao todo, as obras do CAC se arrastam desde 2013 e já custaram às contas públicas mais de R$ 1,2 bilhão.
"A Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) em breve deve se reunir com a Secretaria da Fazenda (Sefaz) para discutir o assunto (empréstimos) e tomar as decisões. Mas, podemos adiantar que em relação à Secretaria de Recursos Hídricos, a única operação de crédito refere-se à 1ª fase do Programa Malha D'água, que será Banabuiú/Sertão Central", informou a SRH.
"A gente está tentando manter a obra, mas não recebemos dinheiro ultimamente. A obra não está paralisada. Estamos tentando manter, mas o Governo Federal só repassou R$ 10 milhões neste ano", resumiu o titular da SRH, Francisco Teixeira.
Porém, a construtora Marquise, responsável pelo lote 3 do CAC, informou que paralisou a obra. "Todos os equipamentos estão sem operação e os funcionários cumprindo aviso prévio. A paralisação deve-se exclusivamente à falta de pagamento, o que infelizmente impede a continuidade das ações do Consórcio".
A empresa diz não receber os repasses desde janeiro de 2019. "Por conta disso, a obra - que estava com aproximadamente 40% concluída - está paralisada e cerca de 260 funcionários estão cumprindo aviso prévio, com demissões previstas para o dia 24 de junho".

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