Veículo foi fabricado em 1974 e
não tinha autorização para fazer táxi aéreo - Aeroclube de Alagoas nega
prestação de serviço irregular
O avião monomotor PA-28-180 que transportava o cantor Gabriel Diniz,
foi fabricado pela empresa norte-americana Piper Aircraf. A aeronave caiu na última
segunda-feira (27), em um manguezal de difícil acesso, em Estância, município
de Sergipe. O presidente do Conselho Nacional de Peritos Judiciais (Conpej),
José Ricardo Rocha Bandeira, destaca que a área pode dificultar as
investigações, que podem resultar no encerramento das atividades do Aeroclube
de Alagoas e na prisão de seus sócios.
“Um avião caiu por vários fatores. Precisamos averiguar se o piloto
tinha treinamento para este tipo de aeronave, as condições de manutenção e
estado da aeronave, condições cromáticas no momento do acidente, plano de voo,
combustível, falha mecânica, falha humana”.
O perito explica que “peças importantes podem estar submersas, sendo
difícil a localização”. O especialista acredita que o modelo não possui caixa
preta, mas instrumentos e plano de voo podem auxiliar os investigadores.
De acordo com o Aeroclube, Gabriel Abraão Farias e Linaldo Xavier
Rodrigues, piloto e o copiloto, respectivamente, faziam parte da direção do
clube e eram amigos de Gabriel Diniz. A assessoria informou que eles davam uma
carona para o cantor até Maceió, onde se encontraria com a namorada.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que a
aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade regularizado até
fevereiro de 2023 e o IAM (Inspeção Anual de Manutenção) até março de 2020.
Fabricado em 1974, o avião tinha capacidade para três pessoas e decolava com o
peso máximo de 1.086 kg.
As causas do acidente ainda são desconhecidas. O caso é investigado
pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Ceripa), da
Aeronáutica.
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