quarta-feira, 29 de maio de 2019

GABRIEL DINIZ - Região onde aeronave caiu pode dificultar investigação

Veículo foi fabricado em 1974 e não tinha autorização para fazer táxi aéreo - Aeroclube de Alagoas nega prestação de serviço irregular

O avião monomotor PA-28-180 que transportava o cantor Gabriel Diniz, foi fabricado pela empresa norte-americana Piper Aircraf. A aeronave caiu na última segunda-feira (27), em um manguezal de difícil acesso, em Estância, município de Sergipe. O presidente do Conselho Nacional de Peritos Judiciais (Conpej), José Ricardo Rocha Bandeira, destaca que a área pode dificultar as investigações, que podem resultar no encerramento das atividades do Aeroclube de Alagoas e na prisão de seus sócios.
“Um avião caiu por vários fatores. Precisamos averiguar se o piloto tinha treinamento para este tipo de aeronave, as condições de manutenção e estado da aeronave, condições cromáticas no momento do acidente, plano de voo, combustível, falha mecânica, falha humana”.
O perito explica que “peças importantes podem estar submersas, sendo difícil a localização”. O especialista acredita que o modelo não possui caixa preta, mas instrumentos e plano de voo podem auxiliar os investigadores.
De acordo com o Aeroclube, Gabriel Abraão Farias e Linaldo Xavier Rodrigues, piloto e o copiloto, respectivamente, faziam parte da direção do clube e eram amigos de Gabriel Diniz. A assessoria informou que eles davam uma carona para o cantor até Maceió, onde se encontraria com a namorada.
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade regularizado até fevereiro de 2023 e o IAM (Inspeção Anual de Manutenção) até março de 2020. Fabricado em 1974, o avião tinha capacidade para três pessoas e decolava com o peso máximo de 1.086 kg.
As causas do acidente ainda são desconhecidas. O caso é investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Ceripa), da Aeronáutica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário