Guarabu e Gil - Amigos de
infância e parceiros no tráfico de drogas
A quadrilha que por 16 anos dominou morros da Ilha do Governador, Zona
Norte do Rio, gastava pelo menos R$ 500 mil em propinas para a PM. No topo do esquema
estava Fernandinho Guarabu, o traficante mais procurado do Rio, morto em
confronto na última quinta-feira (27) ao lado de quatro comparsas.
O rastro do dinheiro foi seguido pela Operação Repugnare Criminis, que
culminou na morte dos chefes dos morros do Dendê e do Guarabu. Segundo as
investigações, uma rede de propinas e práticas assistencialistas os mantiveram
no poder.
De acordo com policiais,
Fernandinho Guarabu pagava propinas para policiais corruptos. Num plantão de fim de semana chegava a desembolsar
R$ 1.500 por policial, só para que não houvesse qualquer operação em dia de
baile funk, evento que atraía jovens de classe média de toda a cidade.
A rede de propinas não se limitava ao que era pago pelos homens de
Guarabu a policiais. Investigadores descobriram que PMs donos de depósitos de
gás transferiam até R$ 80 mil por mês à quadrilha para revender botijões nas
favelas.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências,
em favelas na Ilha do Governador e em diferentes batalhões da Polícia Militar,
a Corregedoria da corporação encontrou R$ 40 mil. O dinheiro estava em armários
de policiais militares e em residências de comerciantes de gás.
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