sexta-feira, 28 de junho de 2019

Grupo de Guarabu gastava meio milhão de reais em propina para a PM todos os meses

Guarabu e Gil: amigos de infância e parceiros no tráfico de drogas — Foto: Reprodução
Guarabu e Gil - Amigos de infância e parceiros no tráfico de drogas

A quadrilha que por 16 anos dominou morros da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, gastava pelo menos R$ 500 mil em propinas para a PM. No topo do esquema estava Fernandinho Guarabu, o traficante mais procurado do Rio, morto em confronto na última quinta-feira (27) ao lado de quatro comparsas.
O rastro do dinheiro foi seguido pela Operação Repugnare Criminis, que culminou na morte dos chefes dos morros do Dendê e do Guarabu. Segundo as investigações, uma rede de propinas e práticas assistencialistas os mantiveram no poder.
De acordo com policiais, Fernandinho Guarabu pagava propinas para policiais corruptos. Num plantão de fim de semana chegava a desembolsar R$ 1.500 por policial, só para que não houvesse qualquer operação em dia de baile funk, evento que atraía jovens de classe média de toda a cidade.
A rede de propinas não se limitava ao que era pago pelos homens de Guarabu a policiais. Investigadores descobriram que PMs donos de depósitos de gás transferiam até R$ 80 mil por mês à quadrilha para revender botijões nas favelas.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências, em favelas na Ilha do Governador e em diferentes batalhões da Polícia Militar, a Corregedoria da corporação encontrou R$ 40 mil. O dinheiro estava em armários de policiais militares e em residências de comerciantes de gás.

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