No interior do estado, uma onda
de crime mobilizou as autoridades policiais
A costureira Antônia Eliene
Viana, 39, foi morta a facadas pelo ex-marido
O Ceará sofreu uma forte onda de violência no último fim de semana, o
que causou a morte de, ao menos, 35 pessoas, em assassinatos e acidentes de
trânsito entre a sexta-feira (21) e o domingo (23). Somente no interior do
estado foram registrados 31 óbitos de causas violentas. No balanço geral, e
ainda parcial, os números revelam que ocorreram 18 homicídios e mais 17 mortes
em desastres.
Na Grande Fortaleza foram contabilizados três assassinatos e mais um
caso de morte em acidente de trânsito. Além da Capital, foi registrado um assassinato
no Município de Caucaia.
No Interior Norte foram contabilizados pelas autoridades da Segurança
Pública sete homicídios nos seguintes Municípios: Umirim (dois crimes),
Caridade, Paraipaba, Hidrolândia, Amontada e São Benedito (feminicídio).
No Interior Sul, ocorreram outros oito assassinatos neste período entre
sexta-feira e o começo da madrugada desta segunda feira (24), nos seguintes
Municípios: Tauá, Jaguaribara, Beberibe (duplo), Alto Santo, Jaguaruana,
Milagres e Icapuí.
Mulher morta - Subiu para 98 o número de mulheres mortas
no Ceará neste ano. O caso mais recente ocorreu na madrugada do último domingo
(23) no Município de São Benedito, na Região da Ibiapaba, onde a costureira
Antônia Eliene de Oliveira Viana, 39 anos, foi assassinada a golpes de faca
pelo ex-companheiro, Ricardo Vasconcelos, 40 anos, que acabou se entregando à
Polícia e já está na cadeia.
De acordo com as informações colhidas pela Polícia Militar, o crime
aconteceu durante o aniversário de uma irmã, ocasião em que era realizada uma
festa junina.
Armado com uma faca, Ricardo invadiu a festa e atingiu a ex-esposa com
12 golpes de faca. Feriu também, como a mesma arma, a irmã e um filho da
vítima. Todos foram levados para o hospital da cidade de São Benedito, mas
Eliene não resistiu.
Após o crime, Ricardo fugiu do local e se embrenhou num matagal, de
onde ligou pelo celular com familiares dizendo que iria se entregar à Polícia,
como realmente aconteceu. Ele não aceitava o fim do relacionamento com a
costureira. Ao ser presos, negou o crime.
Revoltados, moradores incendiaram a casa do assassino ainda durante a
madrugada.
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