quarta-feira, 12 de junho de 2019

PRISÃO REVOGADA - Quadrilha ligada à facção criminosa GDE é solta pela Justiça Estadual

Acusados de matar um adolescente de 17 anos tiveram a prisão decretada em 2017, ano em que ocorreu o crime - Dois anos depois, os réus foram soltos por excesso de prazo na formação da culpa - Jovem teria sido morto por vingança

Resultado de imagem para Justiça Estadual revoga prisão de quadrilha ligada à facção GDE
Morte de adolescente foi praticada pelo grupo na Comunidade do Lagamar

Quatro homens, apontados como integrantes da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) e acusados de homicídio e organização criminosa, foram beneficiados com a revogação das suas prisões. A decisão foi tomada pela 1ª Vara do Júri em 3 de maio deste ano e publicada no Diário da Justiça Eletrônico na última segunda (10).
O juiz acatou o pedido de revogação de prisão preventiva feito pelo denunciado Claudeonor da Silva Nascimento, o 'Cláudio Cara de Cavalo' - que foi colocado em liberdade. A decisão abrangeu os outros três réus. José Paulo Carneiro de Moraes, o 'Preto', estava foragido. O processo contra Paulo Victor Carneiro de Moraes estava suspenso. Já Maciel Walison da Silva Faria continuará preso porque possui outros dois mandados de prisão.
O grupo é acusado de matar Ítalo Pablo Cunha de Sousa, de apenas 17 anos, no dia 20 de março de 2017. Depois de mais de dois anos, a Justiça Estadual considerou que a ação penal não transcorreu como esperado: quatro audiências já foram adiadas e as duas únicas testemunhas do caso não foram mais localizadas. Para o magistrado, a revogação da prisão é motivada pelo "atraso na formação da culpa que desponta excessivo".

Vingança - Conforme a denúncia do MPCE, emitida em 19 de novembro de 2017, o crime foi motivado por vingança, já que Ítalo Pablo - que também seria integrante da GDE - teria matado um outro membro da facção criminosa.

Facção - Ítalo teria matado Francisco Diego da Silva Carvalho, na madrugada daquele mesmo dia, após ser ameaçado no dia anterior. Eles dois e os outros quatro homens são apontados como participantes do núcleo dos Guardiões do Estado da comunidade do Lagamar - um dos principais redutos da facção -, em Fortaleza.
A GDE nasceu a partir de uma torcida organizada de futebol, no bairro Conjunto Palmeiras, na Capital, em 2015, e arregimentou dissidentes da organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que não queriam mais pagar a 'cebola' (taxa por pertencer à facção). Desde 2017, quando houve um recorde de homicídios no Estado, a facção cearense trava uma guerra sangrenta com o Comando Vermelho (CV).

Nenhum comentário:

Postar um comentário