Acusados de matar um adolescente
de 17 anos tiveram a prisão decretada em 2017, ano em que ocorreu o crime - Dois
anos depois, os réus foram soltos por excesso de prazo na formação da culpa - Jovem
teria sido morto por vingança
Morte de adolescente foi
praticada pelo grupo na Comunidade do Lagamar
Quatro homens, apontados como integrantes da facção criminosa Guardiões
do Estado (GDE) e acusados de homicídio e organização criminosa, foram
beneficiados com a revogação das suas prisões. A decisão foi tomada pela 1ª
Vara do Júri em 3 de maio deste ano e publicada no Diário da Justiça Eletrônico
na última segunda (10).
O juiz acatou o pedido de revogação de prisão preventiva feito pelo
denunciado Claudeonor da Silva Nascimento, o 'Cláudio Cara de Cavalo' - que foi
colocado em liberdade. A decisão abrangeu os outros três réus. José Paulo
Carneiro de Moraes, o 'Preto', estava foragido. O processo contra Paulo Victor
Carneiro de Moraes estava suspenso. Já Maciel Walison da Silva Faria continuará
preso porque possui outros dois mandados de prisão.
O grupo é acusado de matar Ítalo Pablo Cunha de Sousa, de apenas 17
anos, no dia 20 de março de 2017. Depois de mais de dois anos, a Justiça
Estadual considerou que a ação penal não transcorreu como esperado: quatro
audiências já foram adiadas e as duas únicas testemunhas do caso não foram mais
localizadas. Para o magistrado, a revogação da prisão é motivada pelo
"atraso na formação da culpa que desponta excessivo".
Vingança - Conforme a denúncia do MPCE, emitida em 19
de novembro de 2017, o crime foi motivado por vingança, já que Ítalo Pablo -
que também seria integrante da GDE - teria matado um outro membro da facção
criminosa.
Facção - Ítalo teria matado Francisco Diego da Silva
Carvalho, na madrugada daquele mesmo dia, após ser ameaçado no dia anterior.
Eles dois e os outros quatro homens são apontados como participantes do núcleo
dos Guardiões do Estado da comunidade do Lagamar - um dos principais redutos da
facção -, em Fortaleza.
A GDE nasceu a partir de uma torcida organizada de futebol, no bairro
Conjunto Palmeiras, na Capital, em 2015, e arregimentou dissidentes da
organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que não
queriam mais pagar a 'cebola' (taxa por pertencer à facção). Desde 2017, quando
houve um recorde de homicídios no Estado, a facção cearense trava uma guerra
sangrenta com o Comando Vermelho (CV).
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