
As investigações se concentram na
sede da Controladoria, em Fortaleza
Onze policiais militares destacados no Comando de Policiamento Raio no
interior do estado e na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) estão sendo
investigados pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança
Pública e do Sistema Penitenciário
(CGD), e correm o risco de serem
expulsos da PM. A conduta deles é questionada em dois Conselhos de Disciplina
que apuram confrontos que terminaram em mortes, fatos ocorridos no ano passado,
em Quixeramobim e Caucaia.
As investigações da CGD foram instauradas a partir de comunicações
internas da PM à CGD e que apontam “indícios de cometimento de transgressão
disciplinar”, conforme documento assinado pela controladora geral Cândida Maria
Torres de Melo Bezerra, e já publicado no Diário Oficial do Estado do Ceará
(DOE).
As informações iniciais apontam que um sargento, três cabos e sete
soldados do Raio teriam participado diretamente das mortes de Wálisson
Fernandes da Silva e Valdomir dos Santos Ribeiro Honorato. A identificação dos
militares investigados será mantida em sigilo nesta matéria já que as apurações
ainda não estão concluídas, porém, os nomes dos 11 PMs já foram publicados pelo
DOE.
Mortes - O primeiro episódio aconteceu no dia 29
de março do ano passado, em Caucaia, quando um homem foi morto numa suposta troca
de tiros com uma patrulha do Raio, durante uma operação na qual foi mobilizada
uma patrulha composta por um cabo e dois soldados.
De acordo com a CGD, foi encaminhada àquele órgão a notícia de
“ocorrência de homicídio decorrente de oposição à intervenção policial envolvendo
policiais militares do Raio, tendo como vítima Wálisson Fernandes da Silva”.
O segundo caso ocorreu no dia 28 de setembro na localidade denominada
Sítio Assentamento Canaã, na zona rural de Quixerambim, no Sertão Central. Ali,
após uma troca de tiros e fuga pelo matagal, foi baleado e morto um homem
identificado como Valdomir dos Santos Ribeiro Honorato. Um sargento, dois cabos
e cinco soldados do Raio participaram da operação que resultou, ainda, na
apreensão de três armas de fogo.
Os dois episódios agora são apurados pela CGD, que já ouviu parte dos
militares e pessoas noticiadas como testemunhas.
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